23 de set. de 2012

Capítulo 36

I'll never let this go



Talvez se meu coração parar de bater isso não machuque tanto
E eu nunca mais terei de responder de novo pra ninguém
Por favor, não me entenda mal...
Porque eu nunca vou deixar isto ir, mas eu não consigo achar as palavras pra te contar.
Eu não quero ficar sozinha, mas agora eu sinto como se não te conhecesse.
Um dia você vai cansar de dizer que está tudo bem
E até lá eu tenho certeza que estarei fingindo apenas como estou essa noite
Por favor, não me entenda mal...
Porque eu nunca vou deixar isto ir, mas eu não consigo achar as palavras pra te contar.
Eu não quero ficar sozinha, mas agora eu sinto como se não te conhecesse.
Deixe isto ir... Deixe isto ir...
Mas eu nunca vou deixar isto ir.
Mas eu não consigo achar as palavras pra te contar
Eu não quero ficar sozinha, mas agora eu sinto como se não te conhecesse.
E eu nunca vou deixar isto ir, eu não consigo achar as palavras pra te contar que agora eu sinto como se não te conhecesse.

— Que... lindo! — Hayley exclamou, referindo-se a musica que Josh havia cantado para ela.
Eles haviam tomado banho (sem sacanagem, juro), e agora estavam sentados no tapete da sala. Josh com o violão, cantara a música Never Let This Go, que ele compôs um dia antes. Só queria liberar sua dor.
E a música havia ficado ótima.
— Eu amei... ficou perfeita... Ah. — Ela disse e se arrastou para perto de Josh, que tirou o violão do corpo e a abraçou por um longo tempo.
— Não estou pronto pra te soltar. — Ele disse e ela riu.
— Nem eu...
— Senti sua falta.
— Não mais do que eu. — Ela disse e eles finalmente se soltaram e ficaram se olhando. — Senti falta de tudo. Tudo mesmo. Você não tem idéia de quantas vezes eu escutei a mesma música, não tem idéia de quantas vezes eu reli tudo aquilo que escrevi quando era pequena. Você não tem idéia de como eu senti a sua falta, seu bobão.
Ele riu.
— Já é a segunda pessoa que me xinga hoje, oba.
— Segunda? — ela perguntou — Quem teve a audácia de xingar você? Só eu posso xingar você. — Ela disse revirando os olhos. Josh riu.
— Pois é... deixa pra lá. Eu fui um idiota mesmo. — ele passou a mão pela cintura dela — Talvez não tanto, agora.
Ela deu um tapa nele.
— Foi, você foi um idiota, Josh. Sabe por quê? — Ela disse e se virou, encarando-o bem de perto — Eu sou sua. Sua, e de mais ninguém. E já te provei de todas as formas. Por favor, não se esqueça disso de novo.
— Não vou esquecer nunca mais, eu prometo. Não se esqueça que eu sou seu também.
— Nunca. — Ela diz e se aproxima dando abertura ao beijo. Depois, Josh se recosta no sofá, ainda sentado no tapete, e Hayley fica com a cabeça em seu ombro. Eles ficam apenas curtindo a companhia um do outro, enquando viam qualquer filme na TV.
Eles queriam ficar juntos.
Finalmente juntos.
Apenas isso.
— Hm... cadê a sua mãe? — Josh comentou baixinho.
— Na casa do namorado dela.
— Ahn... que bom que ela não estava aqui.
Eles riram.
— Pois é... ô Josh.
— Que foi?
— Quanto custa um suco?
— 75 cents... por aí. Por quê?
— Hoje, de manhã, nós deixamos 4 dollares por dois sucos. — Eles riram.
— Feliz do garçom.
— Uhum. Mas... hm... hoje, você não quis me escutar. O que te fez vir aqui?
— Tive uma conversa séria com alguém.
— Quem? Zac? Ou Taylor?
— Você não vai acreditar...
— Fala, ué.
— É surreal.
— Josh, fala.
— O Jason.
— O Jason? Como? Isso é surreal.
— Eu disse.
— Mas por que ele faria isso? E o que ele disse que fez você acreditar em mim?
— Ei, calma. Eu não sei porque ele fez isso. Só sei que ele fez.
— O que ele fez?
— Ele disse que o Van beijou você a força porque...
— Porque?
Josh suspira.
— Porque a Jenna pediu para ele fazer isso.
Hayley dá um sorriso sarcástico.
— A Jenna?
— Pois é...
— A Jenna. A Jenna mandou o Van me beijar. Whore, ela está morta. Ah, se está.
— Hayley, não.
— Não? Não o quê? Ela mandou o desgramado do Van me beijar a força pra me separar de você e você ainda quer que eu não bata nela?
— Hayley, olha, da ultima vez que você resolveu bater nela você ficou três dias suspensa. Se você for suspensa de novo, mais uma vez, você vai ser expulsa. E você quer mesmo pegar faltas agora, em época de prova?
— Eu não ligo. Vou bater naquela vaca. E não é você que vai me impedir.
— Ah, ótimo. Mas tudo bem, se você quer ficar de recuperação...
— Se eu vou ficar de recuperação ou não o problema é meu.
— É meu também. Você é minha namorada.
— Não é não. Eu ser sua namorada não tem nada a ver. O problema não é seu.
— É sim.
— Não é.
— É sim.
— Não é n... Ei, espera! Estamos discutindo.
— Estamos, e daí?
— É a primeira vez que isso acontece desde que fizemos as pazes.
— É, pois é... Bem, eu acho que eu senti falta disso. — Hayley diz pensativa.
— Eu amo você, sua chata briguenta.
— Eu amo você, seu bobão chato.
Eles se aproximam e se beijam. Depois que o ar se vai, eles se deitam novamente e continuam vendo o filme, apenas desfrutando da companhia um do outro. Porém, como estavam muito cansados, eles adormecem naquele tapete. Com Hayley por cima do peito de Josh.
Duas horas depois, Christie chega, e vê Josh e Hayley (Hayley estava com a camiseta de Josh, ainda) deitados e dormindo, enquanto a televisão estava ligada.
Ela sorri. Notava-se a alegria dos dois, mesmo que dormindo.
Notando que Hayley estava com a camiseta do Josh e o cabelo dela estava molhado ela chegou a uma conclusão. E, por mais incrível que pareça, isso a fez rir.
A garotinha dela havia virado uma mulher.
Devagar ela entrou dentro de casa, guardou a bolsa sem fazer barulho e foi tomar banho.

[...]

O dia amanheceu em Franklin.
Hayley foi acordada pelo despertador do celular e Josh, por sua vez, foi acordado por uma buzina bem alta e com a mão colada no rosto. Mas isso foi logo resolvido, pois Belle havia colocado cola de Isopor. Josh agradeceu por ela não ter colocado cola de sapato, ou super cola.
Josh arrumou-se, alimentou-se e saiu em direção a escola. Quando fechou a porta, lá estava ela:
Não, não era Hayley.
Era a vac... Jenna.
Rolou os olhos e tentou seguir como se não a tivesse visto.
Ele não queria que aquela manhã (quase) perfeita fosse estragada. Mas foi inevitável.
Jenna correu até ele e o tentou abraçar. Ele se esquivou.
— O que houve, Josh?
— O que houve? Hum, bem. Deixa eu pensar. Ah, é. Você pediu para o Van beijar minha namorada a força e o idiota aceitou e agora você está tentando se aproximar de mim fingindo que nada aconteceu.
Ela fez uma expressão preocupada.
— Ahn, Josh. Que pena, você já está acreditando nela. Ela está dizendo coisas sem noção, Josh! Veja a que ponto ela chegou! Dizer que eu fiz o que ela fez! Ela foi infiel, traiu você, beijou o Van na frente de toda a escola e agora está colocando a culpa em mim! Ela já me bateu sem nenhum motivo, só pra me ver machucada. Me mandou pro hospital e agora ela quer me culpar por um erro dela. Não acredite, Josh! Eu amo você. Ela te traiu!
Josh ri, debochado.
— Me poupe das tuas ceninhas e dos teus teatros. Primeiro, que nem a própria Hayley sabia que você tinha feito isso. Não foi ela que me contou. E segundo, que você já fez esse tipo de planinho idiota. Como beijar o Tyler pra me fazer ciúmes. Pois quer saber? Eu não ligo. Sai daqui que eu tenho que ir pra escola.
— Josh, por favor! Acredita em mim! Quem te disse isso, quem te disse que eu faria isso com você?
— A mesma pessoa que você pediu primeiro para colocar em prática o seu planinho idiota.
— Josh, eu não fiz plano nenhum! Quem te disse isso? Quem?
— Jason, foi ele!
— O Bynum? Oh, meu Deus! Josh, ele quer se vingar de mim! Ele pediu pra ficar comigo e eu disse não, porque eu te amo e não ele. E ele disse que iria se vingar. Por favor, Josh, você acreditaria num safado desses? Quem acreditaria num cara que diz que ama uma garota comprometida e pede pra ficar com outra?
— Nossa! Eu não sabia que eu era tão safado assim, querida Jenna Rice. — Disse Jason, que estava vindo por trás de Jenna e escutou quase tudo o que ela disse.
Jenna sentiu o sangue gelar. A boca ficou seca.
— Olha, eu juro que achava você uma vadia. Mas agora eu tenho certeza. Quer saber? Eu teria vergonha de existir se fosse você.
— Jenna, olha, sai daqui. Eu não quero mais nem olhar pra tua cara. — Josh disse com desprezo.
Jenna se virou, e sem saber o que fazer, foi embora.
— Esqueci meu boné aqui. — Jason começou — Então eu vim buscar antes de ir pra escola. Quando atravessei a rua vi que Jenna estava falando com você, então eu desliguei a moto e vim andando, pra saber o que ela estava dizendo.
Josh olhou para o fim da rua e viu a moto azul em pé, na calçada.
— Vou pegar o teu boné, espera. — Josh disse e entrou. Foi até a garagem, achou o boné e saiu pela garagem.
Entregou o boné ao dono.
— Você... fez as pazes com a Hayley?

“— Achei que ia ter que te ajudar novamente. — Hayley diz rindo.
— Acho que peguei o jeito.”

— Ei, Farro?
— Ahn, oi, desculpa.
— Você fez as pazes com a Hayley?
— Fiz. Fiz sim. Obrigado, aliás, pela... conversa.
— Não fiz por você.
Josh deu um meio sorriso.
— Eu sei.
— Sabe, não é só porque eu te ajudei que eu vou desistir. Fiz isso porque sou justo. E porque ela estava triste.
— Sei.
— Enfim. Vou indo. Até mais.
— Até.
Josh começa a andar em direção a casa de Hayley.
Flashes de memória da tarde anterior começam a brotar em sua cabeça. Era tão bom tê-la...
E se toda vez que eles brigassem feio eles fizessem as pazes daquele jeito... que venham as brigas!
Chegando lá ele tocou a campainha. Christie atendeu.
— Olá, Josh.
— Oi tia. É... a Hayley já está pronta?
— Não.
Christie encara Josh por inteiro e ele põe a mão nos bolços. Christie abafa um sorriso e diz para ele ir ao quarto da filha.
Ele corou. Não sabia o que estava acontecendo.
Bateu na porta e ouviu um “entra”. Hayley estava escovando o cabelo.
Josh vai até ela e eles trocam um selinho. Ele se senta na cama.
— E aí, como está sendo a sua manhã?
— Bem, eu fui acordado da maneira mais estranha do mundo. Depois de descolar minha mão da minha cara, eu...
— Você estava com a mão colada na cara? — Hayley interrompe.
— Isabelle.
— Oh my Gosh! Que criatividade.
— Acredita, você não ouviu nada.
— Já tiveram piores?
— Uma vez ela me acordou com um balão cheio de ar e uma boneca com cara de assassina. Confesso que fiquei com medo de bonecas depois disso.
Hayley gargalhou.
— Meu Deus! Mas ok, continue.
— Como eu ia dizendo, depois que eu descolei minha mão da minha cara, eu me arrumei e saí pra vir pra cá. E então... Deixa pra lá, como está sendo a sua manhã?
— Eu acordei com o meu celular normalmente, graças a Deus, eu acho. Enfim, minha mãe veio aqui enquanto eu me vestia e aí ela começou com uma conversa estranha. Então ela achou a capinha da camisinha no canto do tapete e começou a me zoar, dizendo coisas como “owwn, minha filhinha já é uma mulher! Acho que vou chorar”. Então ela deu uma crise de choro e eu tive que acalmá-la, e depois disso, começou a me zoar de verdade, me perguntando como foi. E só saiu daqui por que você chegou então... Obrigada. Mas bem, o que aconteceu depois que você saiu de casa?
Josh estava estupefato com os olhos arregalados e completamente estático.
— Você acabou de dizer que a sua mãe descobriu que nós transamos e que você era virgem?
— Sim, pras duas coisas. Você não sabia que eu era virgem?
— Não, droga, você já teve um namorado, como eu ia saber?!
— Não transo com qualquer namorado que eu tenha, ok?
— Ok, mas... Uou. Por isso a sua mãe me olhou daquele jeito?
— Que jeito?
— Um jeito estranho.
Hayley gargalhou.
— Estranho como?
— Estranho estranhíssimo. Como se eu fosse um modelo de cueca.
— Bem... — Hayley disse entre risos — ...acho que ela quis ver o que me fez me atrair por você.
— Ela não foi tão discreta.
— Ela nunca é. Mas me conta, o que aconteceu depois que você saiu de casa?
— A Jenna apareceu lá e eu dei um fora nela, aí ela disse que você estava fazendo a minha cabeça e que o Jason era um mentiroso, então o Jason apareceu e desbancou ela, eu entreguei o boné que ele tinha esquecido e vim pra cá. Mas isso não importância nenhuma, damn, sua mãe sabe que nós transamos. Aqui! Oh meu Deus.
— A vaca apareceu na sua casa?
— Foi.
— Ah meu Pai. Ela está morta. Muito, muito morta.
— Meu Deus do céu... a sua mãe deve estar me achando um safado... O JEITO QUE ELA ME OLHOU, HAYLEY! Eu me senti nu, cara. Meu Deus! Meu Deus! Oh. Meu. Deus.
— Josh, que droga! Deixa de ser dramático.
— Você tem um saco de papel aí? Não sei se vou conseguir olhar pra ela outra vez.
Hayley suspirou.
— A minha mãe é muito relax em relação a isso, ok? Fica frio. E me diz o que a vaca foi fazer na tua casa, e porque ela disse que o Jason é um mentiroso.
— Relax? ISSO ME DÁ MAIS MEDO AINDA. Sério, Hayles, acho que vou embora pela janela e...
— JOSH, CARAMBA! Me conta antes que eu tenha um ataque.
— Ok, ok. Calma. Ela foi lá porque achava que eu ainda não estava com você. Eu a deixei na bota e o Jason apareceu pra pegar o boné e a viu falando mal dele, então ele a deixou na bota. Ela ficou sem palavras e foi embora, eu entreguei o boné e o Jason foi embora.
— Porque ela disse que o Jason era um mentiroso?
— Por que ele me disse ontem, Hayley, que eu deveria ficar com você, por que você não tinha culpa. Antes de falar com o Van, a Jenna falou com o Jason para beijar você.
— E ele não fez isso porque?
— Não sei. Acho que ele viu o quão ridículo seria. Ele parece bom caráter; Enfim, ele a deixou na bota e..,
— Pára de falar isso. É cafona.
— O quê?
— “Deixar na bota”.
— Ahn, ok. Ele deu a maior tirada nela e ela chamou o Van. E bem... eu acreditei nele, porque ele diz que ama você, e mesmo assim fez com que nós ficássemos juntos. Porque alguém faria isso? Era impossível não acreditar... Ah meu Deus, Hayley, você era virgem! E a sua mãe soube que nós...
— Humf. Josh, seu cabecinha de vento, cala a boca.
— Cabecinha de vento? Cabeça de vento é você, credo!
— Bem... eu vou ter uma conversinha com a Srta. Rice. E vou falar com o Jason também.
— Não dê muita trela pra ele não, Hayley.
— Ai meu Deus, começou. Vamos pra escola, antes que a gente se atrase?
— Só estava esperando você.
— Ok, ok.
Eles saem da casa de Hayley e avistam Sarah chegando. Esperam.
— Hey... Josh e Hayley, juntos, sem brigar. Voltaram? QUE BOM!
— Você nem escutou a resposta. — Josh.
— E daí? Está óbvio.
— Certo. Bom dia, Sarah.
— Bom dia, Josh.
Chegando na escola, eles ainda esperam um pouco em frente e logo o sinal toca. Hayley segue direto para sua primeira aula, a de Literatura e Josh vai para a Educação Física.
Ela logo avista Jason. Aproveitaria a aula para conversar com ele.
Ela se senta perto dele.
Jason não estava muito feliz, isso era notável. Também pudera, afinal, você pode imaginar a dor de ver a pessoa que você ama com outra e saber que você fez com que isso acontecesse?
Ele sabia que metade das pessoas do mundo não faria o que ele fez.
E ele sabia que Hayley estava radiante daquela forma por causa de Josh. Por causa de outra pessoa. E... isso é triste para ele.
Hayley logo nota que ele não estava muito bem. Assim que ela o olhou, na verdade, ela sentiu que ele não estava bem.
— Hey Jason. Tudo bom?
Ele sorri verdadeiramente.
— Oi Hays! Tudo, e você?
— Estou bem...
— Que ótimo. — Ele diz e dá um sorriso de canto. — Bom mesmo.
— Hey pessoal. — Diz o professor. — Quero as duplas aqui, com as suas sínteses. Agora, vamos. Ei, ei! Espere Sr. Brown, eu não disse que quero que me entreguem as sínteses agora. Bem, todos vocês vão falar sobre suas sínteses e expor as suas opiniões sobre Romeu E Julieta. Então, já que está com pressa, Sr. Brown, o Sr. e a Srta. Marshwell serão os primeiros.
Todos se acomodam em seus lugares e os dois primeiros alunos vão apresentar seus trabalhos surpresa.
Eles estavam completamente nervosos.
Passam-se uma, duas, três, até oito duplas, quando chega a vez de Hayley e Jason.
— Te prepara, que você sabe mais dessa história do que eu. — Hayley sussurra.
— Relaxa.
— Então, Sr. Bynum e Srta. Williams, podem começar.
— Romeu e Julieta é uma história que desde muito tempo me inspira.
— Dissemos sobre o final, porque, não foi aquilo, que todos amam e esperam. O famoso “felizes para sempre” não aconteceu, quer dizer, ambos os personagens se mataram por amor. O amor. Na nossa síntese, nós ressaltamos o amor da história.
— Sabe, professor e colegas, por experiência própria... — Jason começa e olha Hayley — ...eu sei que o amor pode fazer coisas inexplicáveis. Quem já amou de verdade entende o que eu digo... O amor nos faz sentir vivos. O amor nos força a fazer coisas estranhas e... que não beneficiaria a nós mesmos. — Jason a olha novamente, que abaixa a cabeça.
— Por conta deste amor Romeu e Julieta se mataram. Quando Romeu viu que Julieta estava morta, ele soube que viver não faria mais sentido se sua amada não vivesse também.
— Foi um plano quase perfeito, o de Julieta.
— Quase. Mas sabe o que eu acho? Eu acho que Romeu e Julieta são lembrados como ícones de amor porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Por exemplo... Julieta não teve a oportunidade de mostrar a Romeu o quanto ela fica insuportável quando está de TPM. — As pessoas da sala riram — Hm... Romeu e Julieta não tiveram crises de ciúmes e brigas. E é por essas e outras que eles morreram se amando...
— Pois é. Bem colocado, Hayley. É uma teoria legal.
— Minha opinião.
Jason leu a síntese deles para a classe e as pessoas aplaudiram. Eles se sentaram.
— Ei, parabéns. — Jason.
— Acho que passamos. — Ela disse. — Great.
— Ótimo mesmo.
— Hm... Jason... por que você fez aquilo?
— O quê?
— Por que você disse para o Josh voltar comigo? Eu não entendo...
Ele sorri.
 Não agüento te ver triste.
Depois dessa aula, e mais outras duas de Geografia, chega o intervalo.
Hayley vê Jenna recostada em uma pilastra no refeitório, falando com uma garota. Assim que a garota sai, Hayley chega por trás e dá um empurrão em Jenna, que cai pra frente.
Hayley se abaixa para ela escutar. O joelho de Jenna sangrava e ela estava gritando de dor.
— Ei, agradeça por eu estar muito feliz e por estarmos em semana de provas, porque senão, você iria apanhar tanto que te mandariam diretinho para a UTI. Tenha um péssimo dia, você e seu mais novo machucado.
Ela se levantou e saiu andando para pegar seu lanche.
Jenna, por sua vez, se levantou e saiu mancando para o banheiro, para lavar seu ralado no joelho.

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