23 de set. de 2012

Capítulo 39

Saying I'm sorry for that night



— Sarinha... hey baby, acorde... — Hayley balançava Sarah com um dedo, na tentativa de acordá-la. — Sarah... já são quase uma da tarde... Acorda.
Sarah abriu seus grandes olhos verdes vagarosamente.
— Ai... minha cabeça.
— Eba! Acordou. Vamos, levante. Senta.
— Onde eu tô, Hayley? Ai... minha cabeça tá doendo. — Ela disse se sentando na cama. — O que aconteceu?
— Bem... por onde você quer que eu comece? Ok. Depois que você e Jeremy brigaram você bebeu bem mais do que deveria, dançou igual louca, fugiu da polícia, vomitou no carro do Josh, veio pra minha casa e vomitou o meu banheiro, levou um banho frio, vestiu meu pijama favorito e dormiu no quarto de hóspedes da minha casa.
— Ahn...

“— Eu... eu não posso negar que não senti nada por você no exato momento que eu te vi, mas... o que eu menos quero é que você fique triste, ou se prejudique por isso. É só me falar, que eu sumo daqui.

— Não suma. Ainda podemos ser amigos.”

O olhar de Sarah ficou frio e amedrontado.
— Hayley, eu...
— O quê?
— Eu beijei o Brendon?
Hayley arregalou os olhos.
— VOCÊ BEIJOU O BRENDON, MALUCA?
— Não sei! Eu... me lembro de conversar com ele. Me lembro da gente dançar, me lembro dele vindo pra mim... Mas não me lembro de ter beijado ele!
— AI, SARAH. COMO VOCÊ QUER MANTER UM NAMORO SE VOCÊ BEIJA OUTRO CARA?
— EU NÃO SEI SE BEIJEI ELE, DROGA! Eu estava bêbada. Minha cabeça tá doendo.
— Vou matar um acordeonista, juro.
Hayley sai do quarto com o celular nas mãos. Sarah coloca a mão na cabeça e tenta lembrar.
Dois minutos depois, Hayley retorna.
— Vocês não se beijaram. — Ela diz.
— Como você sabe?
— Ele me disse. E bem... Brendon pode ser um cretino. Mas ele não mente pra mim.
— Graças a Deus. — Sarah sussurra.
— Pega, toma isso. — Hayley dá um comprimito de aspirina para Sarah e pega o copo d’água que estava em cima do criado mudo. Ela engole.
— Como tá o Jeremy?
— Eu passei a manhã inteira esperando você acordar e limpando a sua sujeira, bonitinha. A propósito, você não vai poder voltar pra casa até as 7 da noite.
— Por quê?
— Tive que mentir para os seus pais! Eu disse que você foi para um clube em Nashville comigo. Então, você vai ter que chegar molhada na sua casa.
— Ah... ok. Mas e o Jeremy?
— Não sei dele. Como eu disse, não tive tempo de ver como ele tava. Mas ontem ele tava triste, Sarah. Muito triste. Eu tive que sacanear um motorista de ônibus pra tirar um sorriso do rosto dele.
Sarah suspira e abaixa a cabeça.
— Não foi minha culpa. Eu o amo, Hayles... Eu prefiro que eu fique triste invés dele.
— Sarah, desculpa, mas flertar com um cara novo e quase beijá-lo não é uma bom jeito de provar amor.
— Eu não estava sóbria. E se nós não nos beijamos foi porque eu me afastei.
— Foi.
— Então.
— Mesmo assim. Imagina você, se pegasse Jeremy flertando com outra garota, o que você ia fazer? Sarah, entenda ele. Ele te ama mais do que tudo. Não é de hoje, e você sabe! Você sabe que ele te ama desde o dia que te conheceu.
Sarah olhou para ela.
— Não, eu não sei. Ou pelo menos... não sabia... Ele era o meu melhor amigo quando eu soube que ele gostava de mim. Eu não imaginaria nada com ele! Só... aconteceu. Ele se declarou pra mim e eu... ora, Hayley, ele é a pessoa que mais me conhece no mundo! O meu melhor amigo! Eu gostava muito dele e conforme o nosso namoro vai indo eu me sinto mais feliz com ele. Eu me sinto bem com ele. Ele me faz feliz e eu sei que eu faço ele feliz também... ou fazia.
— Então volte com ele, Sarah. O Brendon não... O passado dele não ajuda nada. Eu perdi a conta de quantas garotas ele usou. Ele começa a namorar e larga essa garota quando acha outra melhor. Simplesmente termina. E faz ela sofrer. Eu não quero que isso aconteça com você.
— Hayley, eu não vou ficar com o Brendon, ok? Não gosto dele. Não posso gostar dele. Não devo gostar dele. E não gosto dele!
— Oh... não.
— O quê?
— Nada. Vai tomar um banho, Sarah. Você ainda tem que se recuperar da ressaca. — Ela deu uma risadinha.
Mas... Sarah havia negado demais. E isso é um problema.
Saiu do quarto de hóspedes e foi até a cozinha. Sua mãe estava lá.
— E aí, ela acordou?
— Sim. Foi tomar um banho.
— Depois dá alguma coisa doce pra ela comer. Ainda deve ter álcool no sangue.
— Ok. — Hayley se sentou em um banquinho junto do balcão e pegou uma caneca de café.
— Hayley, você quer viajar?
— Não. — Ela disse tomando um gole.
— Eu vou pra Los Angeles com o Scott... Vamos curtir as férias. Eu não queria deixar você sozinha.
— L.A.? Prefiro a morte. Fico com o meu pai. — Hayley disse e elas riram. Ficaram um tempo sem falar nada. Hayley soprou a fumaça do café quente e teve uma idéia. — A não ser que...

[...]

Eram quase duas da tarde quando Jeremy chegou a casa de Hayley. Ele soube por Josh que Sarah havia dormido lá.
Precisava resolver as coisas. Tocou a campainha.
Hayley atendeu.
— Jeremy! — Ela o abraçou forte. — Entra, vamos!
Jeremy entrou de cabeça baixa e cumprimentou Christie, que estava no sofá. Eles seguiram para a cozinha.
— E aí, como você tá?
— Estou melhor. — Ele riu. — Não fosse você ontem à noite eu não sei o que teria feito.
— Que ótimo. Quer alguma coisa?
— Não, valeu... Ela tá aqui, né?
— Está comendo no quarto. Ela bebeu demais, Jerm. Vomitou o carro do Josh, o meu banheiro e o meu melhor pijama.
— Ela nunca fez isso antes. — Jeremy disse.
— Ela teve motivo pra fazer isso.
— Eu não estava errado, Hayley.
— Jeremy, eu entendo que você sinta ciúme do Brendon. Mas você não vê que vocês dois estão errados? Se ela foi errada por flertar com ele, você foi muito mais errado por não confiar nela. Vocês dois tinham que ter uma conversa, não uma troca de gritos. Você a ama, ela te ama. Você não pode deixar isso acabar por um flerte. Quem ama cuida, Jerm, mas também confia. Vocês tem que confiar um no outro.
— Eu confio nela! Não confio nele.
— Então fale com ele. O motivo dela ter bebido feito louca é você.
Eles ficaram um tempo em silêncio.
— Posso ir falar com ela?
— Claro que pode.
— Valeu Hayles.
— Mas ei, Jeremy?
— O que foi?
— Não suje meus lençóis. — Ela disse rindo.
— Engraçadinha. — Ele cedeu e riu também, em direção ao quarto.
Chegou lá e rodou a maçaneta devagar.
— Jeremy?! — Ela disse surpresa enquanto tentava, numa tentativa frustrada, esconder uma lágrima que rolava em seu rosto.
Ele se sentou ao seu lado na cama.
— Como você tá?
— Minha... minha cabeça ainda dói. Estou fraca... mas passa. E você?
— Estou bem.
Eles ficaram alguns minutos sem dizer nada ou se encararem.
— Jerm?
— O que?
— Olha pra mim, por favor. — Ela disse. Ele levantou os olhos, que se encontraram com o dela. — Me desculpa. Eu não devia ter flertado com o Brendon. Eu não devia ter dado trela pra ele no carro. Eu não devia ter feito nada do que fiz. Me desculpa. Eu amo você, acredita, eu não quero te perder.
— Me desculpa também... eu não devia ter ficado muito bravo com você. Foi ele que estava se atirando... enfim, a culpa não foi só sua. Eu deveria ter confiado mais. Não deveria ter julgado você. Me desculpa por te acusar. Eu te amo demais, linda, e não é de hoje. Só estava enciumado por que te amo. Eu não agüentei ver aquele... dar em cima de você, Sarah! Caramba, foi muito ruim pra mim ver ele daquele jeito e você não fazer nada e...
— CARAMBA JEREMY, VAI COMEÇAR DE NOVO?
— Não, não, calma... Me desculpa! Eu te amo, cara, eu só estou sendo assim por que eu te amo. Eu vou mudar. Eu juro.
— Eu amo você também. Por favor, não brigue mais... eu não quero me zangar com você. Eu não quero que você se zangue comigo. Eu não quero o Brendon, eu quero você. Eu te amo.
Ele chegou mais perto dela e lhe beijou.
— Era o que eu precisava ouvir. — Ele disse sorrindo. — Seu cheio tá uma mistura incrível de álcool com Hayley com sabonete e o seu cheio natural. — Ela gargalhou. — Não bebe mais assim, tá?
Ela riu.
— Não quero nem ver bebida na minha frente. Acho que nunca mais vou conseguir olhar pra uma Sprite. Me dá ânsia só de pensar. E eu não cheiro a Hayley! Qual é.
— Você tá com a roupa dela. Está cheirando a Hayley. E sabonete e álcool e o seu cheiro.
— Você é muito bobo.
— O seu bobo. — Jeremy disse e eles se beijaram novamente.
Hayley chegou até a sala.
— Perfeito. Eles fizeram as pazes.
— Você estava escutando atrás da porta?
— Não. Eu só estava conferindo se não ia dar briga outra vez, por que se por acaso eles saíssem no tapa, eu poderia separá-los e... Ok, eu estava escutando atrás da porta, e daí? É a minha casa.
Christie riu.
— Ok, ok.
O celular de Hayley começou a tocar. Era Josh.
— Casa de abortos feto feliz. Boa tarde, posso ajudá-lo?
— Meu Senhor! Você melhora a cada dia que passa.
— É, pois é. — Ela riu — Mas e aí, como você tá?
— Tô ótimo. Liguei pra saber como tá a Sarah e avisar que o Jeremy provavelmente passe por aí.
— Pois é, Sr. Atrasado, o Jeremy já chegou. E ela tá bem, apesar da ressaca.
— Mandei meu carro pro lava-jato. Ela tá me devendo 10 dollares.
Hayley riu.
— Vou dizer isso pra ela.
— Mas e aí, os dois brigaram?
— Não. Fizeram as pazes. Tão no quarto agora.
— Ahn... Que ótimo.
— Sim. Eu estava quase endoidando com esses dois.
— Você vem pro ensaio hoje?
— Eita! Tem ensaio hoje né?
— Tem, ué.
— Esqueci completamente. Mas eu vou sim.
— Ótimo.
— Ah, eu quero falar com você.
— O quê?
— Quando o ensaio acabar eu te digo.
— Mas eu...
— Beijo Josh. — E desligou.
— É por isso que eu não deixo você gravar o recado da secretária eletrônica. — Christie disse rindo.
— Qual é, os meus recados são os melhores.
— Tipo “Oi, aqui é o microondas das Williams. A secretária eletrônica fugiu pra Malibu com o aparelho de Som e eu estou recebendo os telefonemas. Caso queira esquentar algum alimento enquanto deixa a mensagem após o bip é só colocar na frente do fone. Não coloque nada de metal.”?
Hayley riu.
— É. Essa foi incrível.
Christie fez que não com a cabeça enquanto ria.
— Vou me arrumar para o ensaio. — Hayley disse e se levantou.
Foi até o quarto de hóspedes e bateu na porta. Entrou.
— Hey... — Ela disse — Tudo bem aí?
— Sim. — Sarah respondeu. Estava com Jeremy ao seu lado.
— Fizemos as pazes. — Jeremy.
— Hm... ok. Ainda bem que vocês deixaram de bobagem e ficaram juntos logo de uma vez. Enfim, vou pro ensaio da Paramore agora... vocês podem ficar aí se quiserem...
— Não, eu... vou levá-la pra minha casa.
— Ok. — Hayley ri. — E se brigarem de novo, aconselho já prepararem o testamento.
— Certo, Hayles.
Hayley tomou banho, secou o cabelo e vestiu uma roupa normal. Pegou as chaves e o celular e saiu de casa. Jeremy e Sarah já haviam ido.
Ia passando pela terceira rua depois de sua casa quando avistou a casa alugada dos garotos. Decidiu passar lá.
Bateu na porta e foi atendida por Ryan de cueca.
— Ei Hayles!
— Estão todos assim? Oh, Deus. É por isso que homens nunca vivem sem uma mulher. — Ela disse debochando.
— É a minha casa, falou? Posso andar pelado se quiser.
— Que nojo, garoto. Vá se vestir.
— Entra, vai.
Eles riram.
Ela entrou e foi até o quarto, onde Jon e Spencer dormiam sem quase nenhuma roupa em cima do outro. Tinham bebido mais depois que chegaram em casa e acabaram indo dormir as 4 da manhã, completamente chapados.
Ryan também estava dormindo, por isso a cueca. Ele voltou pra cama e ela foi até a sala, onde Brendon, o único realmente vestido, estava num canto escrevendo, e com um violão apoiado no corpo.
Hayley se sentou ao lado dele.

“Quando o mundo ficar muito pesado, coloque-o em minhas costas. Eu serei sua alavanca.”

— Lindo isso. — Ela disse, olhando para o papel onde ele escrevia. Leu apenas a primeira linha. — Poesia ou música?
— Música. — Ele disse rindo.
— Canta?
— It was always you... falling for me. Now there's always time. Calling for me. I'm the light...
— Você tem que parar de me humilhar com essas músicas. — Ela disse rindo.
— Até parece que eu humilho você. Aliás, você tem músicas novas?
— 6 ou 7, se não me engano. Mas quase todas elas eu escrevi com Josh.
— Ahn... canta uma pra mim.
— Me dá o violão. — Ele o deu para ela. — Essa é a mais bonitinha que a Paramore tem.
Ela cantou My Heart para Brendon.
— Awwwn! Que letra perfeita! Som perfeito! Melodia perfeita! Tudo perfeito, oh, Deus! Parabéns, Ruivinha.
— Obrigada. Mas eu disse, eu e o Josh fizemos. Não fui só eu. E nós tiramos essa musica de uma frase que ele me disse.
— Ele deve te amar muito...
Hayley sorriu e olhou para baixo.
— Enfim. Como você tá?
— Estou... meio triste, confesso. Eu pensei em falar que tava bem mas não dá pra mentir pra você. — Ele disse sorrindo.
— Menino esperto.
— Por isso eu tô escrevendo. Quando eu fico triste as músicas saem boas.
— Ahn... É por causa dela, né?
— É. Hayles, eu juro, cara eu juro por mim e pelos meus amigos, pelos meus pais, por Deus, que eu não quero fazer com ela o que eu fiz com as outras garotas. Quando eu bati o olho nela eu vi que ela era diferente. E... damn, foi tão rápido! Eu era só um cara vivendo na minha, e aí, ela aparece com aquele sorriso e aquele olhar e muda tudo. Eu não nego, Hayles, eu a quero. Mas são tantos contras...
— Brendon, você diz isso mas você sabe. Se ela cair nos teus encantos e ficar com você, passa uma semana e você acha alguém melhor! Eu já vi isso acontecendo.
— É diferente. Se você juntas todas as garotas que eu já cheguei a beijar na minha vida não vai dar um terço do que eu sinto por ela.
— Brend... você sabe que eu te amo, né? Então, por favor, confia em mim. Não vai dar certo. Desiste antes que você sofra e/ou faça ela sofrer.
— Eu... eu não posso.
Hayley dá um soco no braço dele.
— Ai! Caramba, o que deu em você?
— Agora pode? — Ela disse, brava.
— Não! Eu gosto demais dela. E eu perguntei pra ela se era pra eu sumir da vida dela, e ela disse “não, nós ainda podemos ser amigos”. A música que estava tocando ao fundo era “Vamos ser amigos e então poderemos dar uns beijos”. Isso não é muita coincidência?
— Idiota. É sim, uma grande e infeliz coincidência. E ela estava bêbada! Bêbada, entendeu? Fica na sua, Brend. Você não vai querer fazer inimizade com o Jeremy.
— Eu já fiz.
Ela faz que não com a cabeça.
Teimoso igual uma mula. – pensou.
Como se ela também não fosse.
— Ok, Brendon. Só pense um pouco. Você vai sofrer e vai fazer muita gente sofrer com isso. Agora eu tenho que ir pro ensaio, tá? Até mais.
— Até.
Ela sai da casa Panic! abismada. Brendon não iria desistir. Sarah havia gostado dele. E Jeremy continuaria ciumento. Em resumo: A merda estava feita.
E ela não conseguiria fazer nada, a não ser... esperar pra ver o que acontece.
Chegou a casa de Josh pouco tempo depois. Entrou direto na garagem. Todos já estavam esperando ela.
— Tá atrasada, cunhadinha. — Zac disse, assim que ela entrou.
— Foram só 20 minutos, não reclame.
— Sabe... todas as músicas que a gente toca são Josh e Hayley que fazem... que tal a gente tentar escrever uma música, todo mundo?
— Eu acho ótimo. Aliás, cadê o Josh?
— Ele foi trocar a corda da Condor.
— Ahn.
— Mas eu também acho legal — Zac —, só não contem muito com a minha presença.
— Eu posso ajudar. — Taylor.
Logo depois, Josh chega.
— E nós precisamos de mais duas músicas para o festival. — Zac.
— Duas?
— É. Nós já incluímos My Heart, That’s What You Get, Misety Business, We Are Broken... e aí precisaria mais de uma. Mas eu estou com medo. Nós nos colocamos como banda de rock e vamos tocar duas músicas praticamente lentas...
— Nada a ver, Zac. Os artistas que tocam aqui são sempre os mesmos, eles vão gostar de diversidade. — Taylor.
— Ok, né. Ainda assim, são seis músicas que temos que apresentar.
— Vamos tirar o dia pra compor, então.
— Então tá. — Josh disse e todos o mandaram pegar uma caneta e um caderno. Ele volta logo depois.
— Tá... vamos falar sobre o que, então? — Josh diz com a caneta entre os dedos.
— Que tal sobre feriados idiotas? — Zac.
— Muito Green Day.
— E sobre sair de casa? — Zac.
— Muito Green Day. — Hayley.
— O que tem de mal com o Green Day? Qual é...
— Vamos fazer uma coisa nossa. Uma coisa que seja “Muito Paramore”.
— E que tal sobre a corrupção do país? — Taylor.
— É... não sei... pode ser... — Hayley.
— Viu?! O negócio é comigo! Essa história de corrupção É MUITO GREEN DAY. Me explique essa conspiração contra mim, vamos?
— Explain to me this conspiracy agaist mee... yeeeear — Taylor brincou cantando uma melodia sem nexo usando a ultima frase de Zac, que o socou no braço.
— Ei, isso ficou legal! — Hayley.
— O quê? A marca de dedos gordos no meu braço?
— Não! A Conspiração. A gente pode fazer uma letra baseada nisso.
Josh pegou o violão e fez uma seqüência de Si bemol, Dó, Fá e Ré menor com Sétima.
— Explain to me... this conspiracy against me... yeear. — Ele encaixou a frase no ritmo. Todos aplaudiram.
— Esse vai ser o refrão. — Taylor.
— É... e agora?
— Que tal... sei lá... and tell me how I’ve lost my power... — Hayley
— Ficou ótimo.
Duas horas depois, a Conspiracy, estava pronta. Todos participaram da música e todos gostaram muito. Hayley chamou Josh para tomar um sorvete enquanto Taylor continuava a compor com Jason. Ele tinha outra melodia em mente e “queria aproveitar porque estava inspirado”.
Eles foram andando devagarinho. O sol estava se pondo, e o céu estava numa cor alaranjada muito bonita.
Pouco tempo depois eles chegaram a sorvete. Se sentaram numa mesinha que ficava na calçada. Pediram seus sorvetes. Hayley se sentou bem do lado dele.
— De quê é o seu? — Ele disse, tomando uma colherada do dele.
— Morango e baunilha. E o seu?
— Chocolate e chocolate. — Eles riram.
— Deixa eu provar?
Ele deu um sorriso e pegou uma colherada do sorvete dele, levando em direção a sua boca já aberta. Quando estava muito perto da boca dela ele tira e o coloca na sua boca, rindo em seguida.
— Ah, seu cretino! — Ela diz pegando uma colher do seu e jogando na bochecha dele.
Ele abre a boca, indignado.
— É guerra? É isso que você quer?
— Não, Josh, peraí...
— É isso que você quer, não é? Então toma! — Ele joga sorvete no rosto dela também e eles começam a rir.
— Ah, você vai limpar isso aqui! — Josh.
— Só se for com a língua.
— Eu aceito a forma de limpeza. — Ele diz sorrindo malicioso. Ela ri e se aproxima, beijando-o.
Ele pega um guardanapo e limpa a bochecha.
Hayley pega a colherzinha e coloca dentro do potinho de sorvete, em cima da mesa. Olha Josh.
— Eu amo você. — Ela diz sorrindo, notando o jeito de como ele comia o sorvete.
— Eu também, linda.
— Você já viu o mar, Josh?
— Não...
— Gostaria de conhecer a praia de Chicago? — Ela diz rindo.
— Claro que sim.
— Minha mãe vai pra L.A. depois de amanhã... eu disse a ela que só vou se você vier comigo.
Ele sorriu.
— É sério?
— É. Quer vir passar as férias em L.A. comigo?
— Mas é claro que sim! Meu Deus...
Hayley sorriu e o tomou para um beijo profundo.
— Cara, eu vou ver o mar! Finalmente vou!
— Que bom que você gostou da idéia. Vamos curtir muito essas férias, eu te garanto.
Ele sorriu.
— Eu sei que sim.

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