After a Long Time
Dez anos depois...
— Finalmente! — Um sorriso verdadeiro
se abriu no rosto de Hayley. Colocou os cabelos extremamente ruivos atrás da
orelha pra poder ver melhor. Finalmente ela estava de volta a Franklin.
Finalmente ela havia deixado tudo de ruim que passou em L.A. Finalmente. É,
essa é a palavra certa.
Agarrou suas duas malas e subiu
correndo as escadas. Não era a mesma casa na qual passou a infância, mas era
uma boa casa. Os homens do caminhão de mudança montavam os móveis dentro da
casa. Ela subiu em seu quarto, e o adorou. Era grande, paredes rosas e brancas.
Notou 4 homens com um piano, apontou o lugar onde ele deveria ficar. Piano, de
fato a única coisa boa que aprendeu em L.A.
Largou suas malas em seu quarto,
enquanto alguns homens montavam o piano e a cama. Saiu ao encontro de Christie,
que estava na sala.
— Mãe, — lhe deu um beijo no rosto. —
Vou à casa do pai. Estou com saudade das meninas, e dele também.
— Sabe o caminho?
— Mãe, conheço essa cidade como a palma
da minha mão. Não se preocupe! Tchau. — Ela disse isso e saiu em passos rápidos
em direção a casa que ficava poucas ruas dali. Chegou a sua antiga casa. Sentiu
o cheiro suaves das orquídeas passarem por ela. Sorriu novamente. Subiu a
pequena escadinha e tocou o interfone. McKayla atendeu.
— Hayley! — A menina gritou e pulou no
colo da irmã, que a levantou do chão.
— Minha pequena! — Hayley colocou
McKayla no chão. Abaixou-se para ficar no tamanho dela disse:
— Nossa! Como você cresceu! Como vai?
— Eu estou bem Hay! — Ela disse e deu
outro abraço na irmã. — Pai! Erica! Hayley está aqui! — Gritou a pequena
criança. Puderam escutar os passos rápidos de Erica que estava ansiosa para ver
a irmã, já que fazia 1 ano e meio que elas não se viam.
— Hayles! — Ela a abraçou. — Nossa, que
bom que você chegou! Tenho tantas coisas pra te contar! — Erica sempre fora
faladeira. Contava tudo o que acontecia dentro daquela casa pra Hayley. Erica
sempre idolatrou Hayley. Era sua heroína. Sua segunda mãe.
— Sim, eu sei Erica. Onde está o pai?
— Hayley, minha linda! — Joey disse
abraçando a filha. Ela o abraçou com vontade. Amava profundamente seu pai.
Nunca se conformou com a separação.
Ela entrou e cumprimentou Jessica, sua
madrasta. Começaram a conversar. Hayley contou onde moraria, onde estudaria...
Eles conversaram durante algum tempo, até que Hayley foi até o quarto de Erica,
para ela poder contar tudo o que queria.
— Você bem que podia ficar aqui, né? —
Perguntou Erica com voz manhosa. Tinha apenas 9 anos, mas já tinha seu alto
poder de convencimento.
— Não posso Erica... Minha mãe já
comprou a casa. Já tenho meu quarto. E também, seria muita gente pra uma só
casa né? — Erica abaixou a cabeça, triste.
— Hey, não se preocupe. Eu não vou sumir
denovo. Agora moro pertinho de você! Demorei só uns 10 minutos caminhando da
minha casa até aqui. E você pode me visitar quando quiser, ok?
— Ok... — Elas se abraçaram denovo.
— Hayley, tenho que te apresentar minha
melhor amiga!
— Hum... E quem ela é?
— Isabelle Farro. — Hayley gelou.
Farro. Só existia uma família Farro por ali.
— Você disse... Fa–Farro? — Disse
gaguejando.
— Sim. Qual é o problema?
— Ah, nenhum. — Ela deu uma risada
falsa. — É... Ela tem irmãos?
— Tem 3. Mas um deles não mora aqui.
— Sabe o nome deles?
— Nate é o que não mora mais aqui, Zac,
que é o mais legal de todos e o... Ah, esqueci o nome dele!
— Josh? — Perguntou Hayley.
— Sim! É isso! Josh. Peraí... Você o
conhece?
— Acho que sim... Tinha um amigo, Josh,
quando era um pouco menor que você.
— Ah, será que é o mesmo?
— Não sei... Acho que sim. — Hayley
suou frio ao se lembrar de Josh. Ao se lembrar de como ele foi frio com ela
pelo telefone. — Mas eu nem me importo Eri. — Sorriu de novo. — Hey, já são
6h30! Preciso ir, meu amor...
— Você volta?
— Sim, eu prometo! Ligue pra mim ok?
Quando eu vier conheço sua amiga Isabelle. Agora, tchau.
Ela beijou as irmãs, se despediu de
Joey e Jessica e foi caminhando até a sua casa. Ela foi pensando em Josh, em
Zac, nos Farro... Sem prestar atenção, ela esbarrou em um casal. Uma menina,
loira, do tamanho dela, e um garoto, de cabelos castanhos e olhos de mel, corpo
bem definido e bem vestido. Pareciam namorados.
— Menina, você ta louca? — Perguntou a
garota.
— Ah, me desculpa. Eu estava distraída.
— Acorda pro mundo, garota. Fala sério.
— Disse o garoto debochado.
— Hey, se acalmem. Eu já pedi desculpa.
O que foi, quer um biscoito?
— Qual é menina, quem você acha que é
pra chegar assim e ir enfrentando?
— Quem eu sou não interessa a vocês. E
eu não estou enfrentando ninguém. Vocês que começaram a debochar. Que merda.
— Eu vou acabar com você. — Ameaçou a
menina.
— Eu já surrei outras garotas como
você. Não tenho medo. Se quiser brigar, venha.
A garota loira foi com a mão fechada
para brigar com Hayley, até que o menino a segurou.
— Calma, Jen. Deixa ela aí. — A garota
voltou pra trás.
— Isso! Pede ajuda pro namoradinho
playboy metido a besta!
— Olha aqui menina. — o garoto apertou
o braço dela. — Você não tem idéia de com quem você tá falando!
— Eu tenho sim! Estou falando com um
moleque metido a rico playboyzinho que faz de tudo pra proteger a namoradinha
que pratica bullying com outras meninas no colégio. Eu sei quem é você, por que
existem milhares de garotos como você em L.A. E eu não vou ser mais uma vítima
sua, seu moleque! — O garoto ficou sem palavras e largou o braço de Hayley.
— Vamos Jenna. — Ele disse seco e
voltou a caminhar.
“Garoto ridículo” pensou ela.
Hayley começou a pensar na sua vida
antes de voltar para Franklin. Sua vida em Los Angeles.
Pouco tempo depois que Hayley se foi, Erica
nasceu. Alguns anos depois McKayla também veio ao mundo. Christie não impediu a
filha de conhecer as irmãs, e com o tempo, o sentimento ruim que ela tinha
sobre Joey foi sumindo. Então, ela conheceu e se apaixonou por Andrew, para a
tristeza de Hayley. Ele foi um verdadeiro cavalheiro até eles se casarem,
quando começou a mostrar sua verdadeira face. Quando Hayley entrou pra escola
ela passou a sofrer Bullying de seus colegas. Então começou a se meter em
brigas, e foi expulsa de duas escolas. Ela não era feliz. E Christie também
passou a não ser. Até que um dia, cansada do sofrimento que Andrew lhe causava,
Christie decidiu voltar para Franklin.
Uma nova vida. É o que ela queria para
ela e para Hayley.
Hayley amou a idéia de voltar. Poderia
ver as irmãs quando quisesse. E ela sabia que lá em Franklin todos eram muito
simpáticos.
Durante toda a sua vida Hayley tentou
esconder dela mesma a vontade de rever Josh. De rever a família Farro. Estou contente com a solidão ela dizia.
Ela finalmente seria feliz. Seria feliz
como era aos 6 anos de idade. Finalmente, seria feliz denovo.
A garoa fria começou a cair sobre os
ombros de Hayley. Apressou-se para chegar logo em casa.
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