27 de out. de 2012

Capítulo 60

I never told you what I should have said 



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Capítulo dedicado à Luana Bartz de Sá, por motivos internos :3 



Seu celular vibrou, como sempre, mas dessa vez também apitou. Tereza apertou o botão que abria a mensagem multimídia e não pode conter o meio sorriso que se deu pelo seu rosto quando avistou a face concentrada e quase angelical do pequeno menino.
Cabelos louros e desgrenhados, corpo pequeno, bochechas rosadas e olhos tão azuis quanto o céu de verão. Os lábios comprimidos, os dedos apertavam as cordas de um violão feito propriamente para crianças do seu tamanho. Obviamente o pequeno Henry não se dera conta de que tinha sido fotografado pelo seu tio.
Henry Lucas Farro, na realidade, pelo que Tereza pôde ver no dia anterior. Luke havia sumido do nada depois da discussão em sua sala com Sophie Farro, mas depois voltara para buscar Tereza na escola e ela percebeu que os papéis do hospital da sutura de Henry — Luke contara-lhe que ele caíra e machucara o queixo —, estavam jogados no painel do carro. Por pura curiosidade, Tereza checou alguns pequenos fatores. Quis gargalhar quando viu que o nome do meio do garoto era Lucas. Além do mais, a data de nascimento que constava na certidão batia perfeitamente com a época em que Sophie Farro fora embora de Nashville, segundo Joe.
Agora, encarando a foto de Henry enquanto tocava violão tranquilamente, ela percebeu que ele poderia sim ser filho de Luke. Na realidade, estava praticamente convencida disso.
Só precisava de provas concretas.

“E aí? Ele é parecido, não?”


Joseph tinha razão. O cabelo desgrenhado, os olhos azuis e espertos, até mesmo a forma como ele comprimia os lábios era parecido com Luke. Seus dedos, apoiados no violão, pareciam tensos, assim como quando Luke tocava. Pelo amor de Deus, a criança era simplesmente uma cópia de Luke! Como ele ainda não percebera isso?
Às vezes Tereza sentia vontade de pegar Luke pelos ombros e sacudi-lo até ele deixar de ser idiota.


“Parecido até demais. Meu Deus, tenho certeza de que esse menino é filho do Noah. Só precisamos de provas.”


Tereza apertou o botão enviar e logo seu celular disse-lhe que o custo da mensagem tinha sido de trinta e um centavos. Ladrões. Ela tinha que trocar de operadora e se cadastrar em uma dessas promoções malucas que divulgavam em toda página na internet.


“Acho que é melhor eu seguir o seu conselho de não mexer com essa história. Sei lá, a verdade uma hora vai vir, né? Enquanto isso eu posso alimentar as histórias baseadas nisso que tem bombardeado minha cabeça.”



Tereza não conseguiu conter a risada. Ele iria acabar transformando essa história em mais um best-seller e faturar milhões de dólares com isso. Na realidade, com certeza, Joe era o amigo mais rico que ela tinha. E mais sucedido também.


“Joe Farro e seu espírito escritor sempre se sobressaindo. Ótimo, escreva muito, assim você conseguirá sustentar nossos filhos perfeitamente ;)”


“Tereza, pela última vez, eu sou gay.”


Ela revirou os olhos para o celular e não percebeu que alguém parara logo à sua frente. Como Luke estava dando uma aula de guitarra para dois pré-adolescentes nojentos, ela preferiu ficar esperando no corredor, sentada em um dos bancos que se recostavam a parede. Adorava sentar-se ali, pois como era o último andar do pequeno prédio, só quem o visitava eram os professores. E como todos os professores trabalhavam nos andares inferiores, ela tinha paz.
Não quando um deles parava à sua frente, é claro, para testar seu bom humor.
— Com licença, você sabe onde está a chave da sala de cópias? — levantando os olhos, Tereza percebeu que quem estava à sua frente não era um professor qualquer, mas a ex-namorada de Luke, irmã de Joe e mãe do Henry Lucas.
— Comigo — respondeu ela, inexpressiva como sempre e apontando para cima, onde a chave da sala de cópias estava pendurada. Luke deixara sobre sua responsabilidade para ter um certo controle.
Sophie Farro assentiu com a cabeça.
— Escuta, você poderia me fazer um favor? Eu estou enrolada com os meninos pequenos lá embaixo e preciso muito de cinco cópias desses desenhos — Tereza pôde ver as partituras coloridas com semibreves e mínimas que tinham olhinhos e boquinhas felizes. Pelo amor de Deus, que coisa mais ridícula. — Será que dá pra você xerocar para mim?
Tereza precisou respirar fundo.
— Eu sou assistente pessoal do Luke — começou ela, bem calmamente, encarando Sophie Farro nos olhos —, não sua funcionária.
Sophie mordeu o lábio inferior e franziu o cenho, incrédula. Céus, qual era o problema dessa menina? Assentiu lentamente com a cabeça, encarando-a por um momento e decidindo não mexer com ela.
— Certo... — disse, pegando a chave de onde estava pendurada, revirando os olhos e dando ombros para ir embora dali.
Menina maluca.
— Entenda — Sophie parou e olhou para trás, vendo que Tereza começara a segui-la. Sério, qual era o problema dessa garota? — Eu não faço favores. Faço trocas. Faz parte de mim, sabe, eu sou uma negociadora. Posso imprimir isso aí pra você, e aí você me dá algumas respostas, que tal?
Sophie fez uma careta para a menina.
— Eu acho que não quero que você imprima isso tanto assim — disse ela, parando de encarar a adolescente e seguindo sua caminhada até a sala de cópias. Tereza bufou e passou a acompanhá-la.
— Vamos, pode deixar que eu faço isso — ela pegou os papéis das mãos de Sophie e esboçou um sorriso que não pode ser interpretado como algo que não seja maldoso. — São só perguntas simples, tipo... qual é sua cor favorita?
Sophie não conseguiu conter a gargalhada que ecoou de sua garganta, sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo ali. Seu dia já não estava sendo suficientemente estranho, correto?
— Hmm... vermelho, eu acho — disse ela, dando ombros, ainda sorrindo, sem entender.
— Viu, foi difícil assim?  — Tereza deu de ombros, despreocupada. — E qual é seu animal favorito?
Sophie ainda ria, olhando para a adolescente como se ela não tivesse nada na cabeça.
— Não sei... — disse ela, rindo. — Cachorros, eu acho...
— Comum — disse Tereza, refletindo. — E qual é seu livro favorito?
— Qualquer um do Joseph Farro — disse Sophie, sem entender com o que a garota queria chegar com aquilo.
— Ah, claro... — elas finalmente chegaram à sala de cópias e Tereza pegou a chave da mão de Sophie para enfiá-la na fechadura — e, hmm... o que mais? Ah, sim, o Luke é o pai do seu filho?
Sophie arregalou seus olhos castanhos e a fala ficou presa em sua garganta. Seu corpo simplesmente paralisou-se, assim como sua mente. O que aquela adolescente havia acabado de perguntar? Céus! Como ela sabia?
— Como é? — Sophie praticamente cuspiu aquelas palavras, os olhos ainda arregalados, o medo correndo por suas veias. Deus. Meu Deus.
— Luke Davis, meu chefe, é o pai do Henry, teu filho? — Tereza perguntava como se estivesse comentando sobre o tempo. Seus ombros relaxados e sua expressão de nenhuma preocupação deixavam Sophie aterrorizada.
— Não! — negou ela imediatamente, tentando ao máximo esconder o medo em seus olhos, sentindo-se suja mais uma vez por mentir. — Não, meu Deus, não! De onde você tirou isso?!
Tereza deu de ombros.
— Ah, sei lá, pensando com um amigo...
— Amigo? — Sophie estava chocada demais. — Não, não, Henry... não! Céus!
— Não? — Tereza deixou que um meio sorriso aflorasse em sua face. — Posso confiar em você?
— Meu Deus do Céu, o Henry... o pai dele está na Inglaterra, certo? Luke... não — disse ela, rápido demais, com medo, mas supostamente sendo convincente.
Tereza pareceu analisá-la por alguns segundos, mas depois relaxou os ombros e assentiu tranquilamente com a cabeça.
— Ok — disse ela, como se isso não tivesse sido nada demais. — Levo os papéis na sua sala daqui a três minutos. Pode acreditar, posso ser ruim, mas tenho palavra.
Sophie franziu o cenho, tensa demais para rir.
— Hum... tá, tudo bem, obrigada — murmurou. — Eu acho.
E depois saiu, surpresa demais para pensar qualquer coisa com nexo.
Mas ao contrário dela, Tereza pensava com muita clareza.



[...]




Luke não acreditava. Seu coração pulava dentro do peito e ele descia as escadas feito um louco. Todos os pelos do seu corpo estavam arrepiados e ele até sentia uma vaga vontade de chorar, ou rir, ou demonstrar qualquer emoção de qualquer maneira. Seu estômago revirava e seus músculos estavam dormentes como se ele estivesse completamente anestesiado. Ele ainda não acreditava.
Ainda não eram cinco e meia da tarde, mas todos os alunos de sua escola já estavam, provavelmente, em suas devidas casas. Luke descia as escadas, pulando de três em três degraus, até o primeiro andar. Já sabia em que sala encontrá-la — hoje era dia de aula da turma que, há quase dois meses atrás, era a pior de toda a escola. Oh, ele deveria saber que se ela fosse a professora daqueles meninos, tudo mudaria. Deveria saber que ela mudaria tudo como sempre fazia, só por aparecer. Luke deveria saber que sua vida mudaria a partir do momento em que Sophie voltasse para ela.
Queria ele que fossem apenas essas coisas que ele deveria já ter sabido, como queria. Mas não era, e Luke descobrira isso apenas no momento em que, descansando tranquilamente em sua sala, ele decidiu dar uma passada de olhos no documento de Henry que Sophie esquecera em seu carro um dia antes.
Luke nunca ficara tão paralisado em sua vida. Nunca pensou que seu coração pudesse parar da maneira que parou. Nunca pensou que perderia seu chão da maneira que perdeu, e nunca pensou que o mundo inteiro sairia de foco como saiu no mesmo momento em que ele viu que o nome do meio de Henry, o pequeno filho de Sophie, era Lucas.



— Eu vou voltar. E aí nós vamos fazer nossa faculdade, comer no restaurante do Justin Timberlake nos fins de semana, voltar pra Nashville, refazer a Paramore, você vai trabalhar com o seu pai e eu vou dar aulas de piano. Então nós vamos ter uma filhinha e chamá-la de Kathryn Nichole. — Sophie falou tudo rápido demais, fazendo com que Luke e ela própria dessem uma risada de verdade.
— Parece um bom plano — ele sussurrou, colando suas testas. — Vamos ter um menininho também.
— E vamos chamá-lo de Lucas.




A possibilidade inundou Luke por dentro da forma mais avassaladora possível. Sua mente passou a trabalhar procurando evidencias de que poderia ser verdade, e de repente tudo foi explicado. O enjoo de Sophie na última noite antes de ela voltar para Nashville. Sua subida vontade de comer alimentos estranhos compulsivamente. Chamar o menino de Lucas.
Com as mãos tremendo e suando loucamente, Luke conferiu a data de nascimento de Henry. Quinze de maio. Procurou lembrar-se do mês do show da The Pretty Reckless. Fim de julho.
As datas batiam.


Tudo estava claro. Enquanto seu corpo estava paralisado, a mente de Luke começou a trabalhar, e repentinamente tudo fez sentido. Sophie tinha ido embora não por que queria seguir seu futuro — mas por que queria afastar-se de todo mundo para ter um filho; Não mandara aquela carta por que não amava Luke — mas sim por que não queria que ele fosse atrás dela ou tentasse impedi-la; Não havia engravidado de um inglês qualquer — engravidara de seu namorado que a amava mais do que tudo.
Engravidara de Luke.
Ele quis desmaiar. Afundou a cabeça entre as mãos, incrédulo, pasmo, sem saber o que fazer ou sequer como se sentir. Henry... Céus. Henry podia ser seu filho. Henry podia ser seu filho. Seu filho! Aquele garoto para quem ele estava dando aulinhas de violão há duas semanas podia ser seu filho! O mesmo menino que o abraçava toda vez que o via, que sorria só em se mencionar cócegas, que torcia para o RedSox e para o Chelsea, que tinha o maior coração que Luke já vira na vida, podia... podia ser seu filho. Seu filho que ele não sabia que tinha.
— O que aconteceu contigo? — a voz nada preocupada de Tereza ecoara pelo lugar, e Luke não soube onde achou voz para dizer a mesma coisa que estava pensando. A possibilidade maluca, mas ao mesmo tempo, possível. Henry podia ser seu filho. Isso, porém, apenas fez com que a adolescente risse. — Que ótimo, você finalmente colocou a cabeça para pensar.
— Como é? — Luke levantou os olhos atordoados para encarar a assistente. Tereza sentara-se por cima de suas próprias pernas, sorrindo tranquilamente.
— Eu já imaginava isso — disse ela, largando o celular pela primeira vez na vida. — Desde que conversei com Joe, na verdade. Ia te contar, mas não tinha provas.
Luke não conseguia acreditar.
— Você já imaginava? — sua voz saiu rouca e falha, como se ele não falasse há dias. Tereza apenas riu.
— Perguntei para a Sophie há pouco tempo — disse ela, dando ombros. — Ela negou com a boca, mas seus olhos não me enganaram. Quer que eu pegue um charuto?


Luke não acreditava quando sua assistente pessoal assentiu. Não acreditava quando deu dinheiro à ela para pegar um táxi e ir para casa sozinha. Não acreditava enquanto descia as escadas feito um louco na direção da sala de Sophie. Não acreditava enquanto a viu conversando com uma mulher desconhecida em sua sala, e bufou, impaciente e desesperado. Já passaram das cinco horas!
Felizmente, a conversa das mulheres — e de um garoto de uns treze anos, pelo que Luke pôde ver — parecia haver acabado. Luke viu Sophie se levantar e abraçar o garoto, que logo passou por ele correndo, e surpreendeu-se ao ver que a mulher também abraçou-a com lágrimas nos olhos em seguida.
— Obrigada — sussurrou a mulher, com a voz embargada demais. Pela maneira como Sophie comprimiu os lábios, Luke podia garantir que ela também queria chorar. — Eu não... não sei te dizer o quão importante você foi para o Nicholas e... para mim. Tudo tem sido tão difícil. Você devolveu a alegria ao meu filho e devolveu a alegria a mim também. Obrigada por tudo.
Sophie estava oficialmente chorando agora.
— Meu Deus, Sra. Johnson, é o meu trabalho — ela disse, controlando-se. — Nicholas é um garoto maravilhoso. Só precisei lembrá-lo disso.
Entre seu choro, Luke viu a mulher, a Sra. Johnson, sorrir. De alguma forma, até ele mesmo estava sendo envolvido pela áurea de gratidão e paz que aquele ambiente exalava. Sentiu vontade de chorar também, mas pelos seus próprios motivos.
— Obrigada — repetiu a Sra. Johnson, separando-se de Sophie e limpando os olhos delicadamente. Seu sorriso sincero se abrira e de repente Luke se sentira um intruso em sua própria escola.
— Não há o que agradecer — Sophie riu também, limpando as lágrimas de um jeito despreocupado. Estava deslumbrante daquela forma. De alguma forma, a maturidade de Sophie apenas a deixara mais linda do que ela já era.
Céus. O que estava se passando com Luke? O que estava se passando com seus sentimentos, suas sensações? O que estava se passando com ele?
Quando as mulheres se abraçaram mais uma vez, Luke acenou com a cabeça para a Sra. Johnson que sorriu para ele, gritando o nome de seu filho em seguida. Nicholas. Nicholas Johnson, muito provavelmente. Sophie mudara a vida dele de alguma forma. Sophie sempre mudava a vida de todo mundo, até mesmo de seus alunos supostamente problemáticos. Como ela fazia isso? Como ela conseguia mexer com tudo e com todos sem sequer se esforçar? Como ela podia?
— Luke — ela se sentou de novo à sua mesa. Luke pôde ver os teclados alinhados em filas e o piano no canto da parede, intocado. Sophie parecia que não precisara usá-lo essa tarde. — Posso te ajudar?
Ele não respondeu e suspirou, enfiando a mão em seu bolso e retirando de lá a chave que ele retirara do molho propositalmente. Antes que Sophie pudesse protestar, ele trancou a única porta que dava acesso à sala e guardou a chave de volta no bolso, voltando o olhar para a mulher que o encarava com um semblante de completa confusão.
— Por que você está fazendo isso? Você trancou a porta? — perguntou ela, os olhos castanhos adquirindo um brilho de incredulidade e... medo. Medo por ter uma ideia do que iria acontecer.
— Tranquei — Luke assentiu, pegando uma cadeira e sentando-se à sua frente, encarando-a com o olhar mais intenso que tinha. — Tranquei para você não fugir.
Sophie franziu o cenho.
— Por que eu fugiria? — perguntou ela com voz baixa, engolindo em seco, sentindo o arrepio percorrer seu corpo com toda a liberdade.
Luke suspirou.
— Por que você fugiu da outra vez — disse ele. — Você fugiu quando eu te perguntei o porquê de você não ter ficado comigo aqui, não foi? Também fugiu quando teve que ir para a Inglaterra, e em vez de me ligar, ou qualquer outra coisa, me mandou uma carta idiota e inexpressiva. Como você pode me garantir que não vai fugir agora? — Luke a encarava violentamente e Sophie afundou em sua cadeira, querendo fugir de seu olhar incriminador, mas sabendo que não podia. Engoliu em seco outra vez, sentindo seu estômago revirar e seus olhos quererem liberar mais lágrimas. — Escuta, Soph, eu cansei de mentiras. Eu vou te perguntar uma coisa, mas quero que você seja completamente sincera comigo. Eu preciso que você seja completamente sincera comigo, por favor — implorou ele, aproximando-se mais dela, que agora mordia o lábio inferior, parecendo paralisada. Luke respirou fundo e fechou os olhos por um segundo, liberando as palavras que pesavam uma tonelada em sua garganta: — Henry é meu filho?



I miss those blue eyes, how you kiss me at night. I miss the way we sleep.

Like there's no sunrise, like the taste of your smile.
I miss the way we breathe.
(Eu sinto falta desses olhos azuis, de como você me beijava de noite. Eu sinto falta de como a gente dormia.

Como se não houvesse nascer do sol, como o gosto do seu sorriso.
Eu sinto falta de como a gente respirava.)



Sophie viu seu mundo girar e de repente não havia mais chão abaixo de seus pés. Tudo ficou escuro por um momento e ela achou que fosse desmaiar. A única coisa que podia enxergar eram os olhos dele — os olhos azuis, sombrios e maravilhosamente atraentes dele. Os olhos azuis que queimavam sua alma e lembravam-na de tudo o que ela fizera de errado. Os olhos azuis penetrantes e profundos, iguaizinhos aos olhos de seu filho de cinco anos.
Ele descobriu. Foi o primeiro pensamento que passou pela sua cabeça quando, lentamente, a Terra voltou a ter cor. A sala de aula reapareceu à sua frente e o rosto desesperado de Luke voltou ao foco, tão firme e tão perdido ao mesmo tempo. Ele descobriu. Ela não sabia como, ou por quem, mas a verdade chegara a seus ouvidos e agora ele estava ali, de portas trancadas, perguntando para ela. Pediu para que ela fosse sincera. Implorou para que ela fosse sincera. Luke descobriu. Luke sabia que tudo fora uma mentira.
A faísca foi lançada e, agora, a chama crepitava. O circo começara a pegar fogo. Definitivamente.
Os olhos de Luke continuavam grudados nela. Há quanto tempo Sophie estava imóvel? Cinco, dez, quinze segundos? Ela não sabia o que responder. As palavras não saíam de sua boca. As letras estavam empedradas em sua garganta. Suas pregas vocais pararam de funcionar junto com o coração que subitamente parara de bater. Eu preciso que você seja sincera comigo. Luke não apenas precisava que Sophie fosse honesta, ele merecia isso. Sophie sabia. Sempre soubera.
— É.
Seu murmúrio saiu baixo demais, mas o silêncio martirizante do lugar com certeza fez com que Luke escutasse sua afirmação com perfeição. Ela sabia disso, por que foi nesse momento em que o desespero que havia em seu rosto deu lugar a algo muito parecido com raiva. Sophie liberou todo o ar que tinha nos pulmões, a garganta lentamente se fechando, o nariz ardendo, a dor horrível que seu coração sentia por saber que, enfim, tudo estava vindo à tona. Luke descobriu a verdade e Sophie não teve coragem de mentir para ele. Oras, de que adiantava? Se ela mentisse agora, ele descobriria a verdade em outro momento.
O que ela devia fazer agora era enfrentar a situação, mesmo que doesse. A partir de agora, ela deveria ser sincera. Sincera com Luke, Henry, sua família, e acima de tudo, consigo mesma.
Por sua vez, Luke parecia perturbado demais. Sua pupila estava dilatada, dando o ar confuso e perdido aos seus olhos tão azuis, pelos quais Sophie tanto fora apaixonada. Sua boca estava entreaberta, como se as palavras estivessem presas em sua garganta, como se a simples confirmação que Sophie lhe dera fosse como se ele houvesse recebido um soco no estômago. Luke não acreditava. Não acreditava. Henry... era seu filho. E Sophie apenas... deixou com que isso acontecesse? Engravidou e fugiu dele? Privou-o de ter uma vida com o filho? Privou-o do direito que tinha de ser pai? Por quê? Ela não tinha esse direito! Podia ser a mãe do bebê, mas não tinha o direito de afastá-lo de seu próprio pai! Sophie não podia! Não podia ter feito isso!
— Por que você não me disse?! — as palavras finalmente saíram de sua boca, esganiçadas, perdidas, desesperadas. Luke apertou os próprios punhos, a raiva e a incredulidade crescendo e tomando conta dele com a maior das voracidades. Por que Sophie não o contara? Por que...
Por que ela fez isso?


But I never told you what I should have said.
No, I never told you.
I just held it in.
(Mas eu nunca te disse o que eu devia ter dito.
Não, eu nunca te disse.
Eu simplesmente segurei dentro de mim.)



— Eu não podia — disse ela, suas palavras tão esganiçadas quanto as de Luke, com uma pontada de arrependimento e culpa. — Eu não... não podia...
— Como não podia?! — Luke perguntou de novo, aumentando o tom, fazendo com que as primeiras lágrimas escorressem pela bochecha de Sophie. Notou que suas mãos tremiam e seu peito inflava com uma velocidade quase preocupante. Mas Luke, na realidade, não ligava para isso. A vontade de ser esclarecido tomara conta dele completamente, e tudo o que ele queria agora era uma explicação.
Sophie engoliu em seco e respirou fundo, secando as lágrimas delicadamente com as mãos trêmulas.
— Eu só tinha dezesseis anos — disse ela, murmurando muito baixinho e muito perdidamente as palavras que ela queria nunca dizer. — Eu não podia ter um filho... eu era tão inexperiente... eu era só uma criança... Eu, eu... eu tinha um futuro, você também... nós tínhamos um futuro... e eu te amava tanto... — as frases simplesmente saíam de sua boca, deixando um Luke desesperado mais confuso e perdido, fazendo com que o seu coração fosse estraçalhado pouco a pouco. — Eu não podia ter um filho... Então eu decidi ir embora, e dá-lo para a adoção... pra alguém que realmente podia cuidar dele da maneira correta...
Luke não conseguia acreditar naquelas palavras. Ele as escutava, via a boca de Sophie se mexendo, mas elas não faziam sentido em sua cabeça. Não podia acreditar que Sophie realmente quis dar Henry para a adoção, seis anos atrás. Era apenas tão errado.
— Adoção — ele ecoou as palavras dela, sentindo-se enojado. — Mas droga, Sophie, por quê?! Se você tivesse me procurado, me ligado, a gente conseguia dar um jeito! A gente enfrentaria essa barra junto!
— Luke, por favor, encare os fatos! — Sophie limpou as lágrimas de tristeza com a ponta dos dedos rapidamente, encarando o rosto desesperado de Luke com seus olhos vermelhos e completamente perdidos. — Como nós daríamos um jeito?! Você tinha acabado de entrar na faculdade, e eu ainda nem tinha acabado o colegial! O que você iria fazer? Largar a faculdade e arranjar um emprego? Viver na casa dos seus pais e se matar de trabalhar para conseguir sustentar um filho que nós não devíamos ter? Droga, Luke, e os seus sonhos? E o nossos sonhos?! — o que antes era um murmúrio, se tornaram gritos embargados pelo choro que agora era incessante. Sophie respirou fundo, chorando, sem se importar agora em secar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. — Nós não iríamos conseguir... nós éramos muito jovens, Luke... Nós tínhamos um plano, lembra? Mas esse plano não envolvia nenhum bebê. Você não iria ter nada do que tem agora. Ou você acha que seu pai te daria a parte dele na empresa se eu tivesse ficado? Acha que nós teríamos tempo para tocar e fazer música? — Sophie encarava Luke com veemência, soluçando sem conseguir parar. Agora ela tinha a impressão de que ele queria chorar também. — Luke, se eu tivesse Henry aqui, nossa vida iria acabar! Nós não iríamos aguentar a barra de ter um filho! Você não iria ter a vida que quis, nós acabaríamos brigando e...  e nos separando! E o nosso amor... ele se dissiparia... E que efeito isso poderia surtir no nosso filho? Como Henry poderia crescer entre uma família e outra, com pais infelizes que não interagiam entre si por que não tiveram a vida que planejaram? — os soluços ainda escapavam de sua garganta conforme ela explicava tudo para Luke, terminando tudo com uma pergunta retórica.
Luke sabia que ela tinha razão. Sabia que tudo seria exatamente como ela diria. Oras, claro que ele não iria continuar em Nova Iorque se soubesse que Sophie havia engravidado, e como jamais conseguiria levá-la para lá, voltaria para Nashville. Jeremy talvez ficasse tão decepcionado com ele que o faria ganhar responsabilidade colocando-o para trabalhar o triplo do convencional. Isso sem dizer do quão chocante isso seria para sua família em peso — ninguém os apoiaria, isso era certeza. Todos os julgariam. Família, amigos, colegas. Luke e Sophie iriam enfrentar a pior barra de sempre, e talvez... provavelmente... não conseguissem aguentar a pressão.
— Por isso eu fui embora — Sophie recomeçou, com a voz aparentemente mais calma, mas ainda esganiçada pelo choro que não cessava. — Julia disse que me ajudaria, e eu precisava fugir... de todo mundo. Inclusive e principalmente de você. Levei quatro horas para escrever aquela maldita carta e chorei como se estivessem cortando meu coração com uma tesoura...



And now, I miss everything about you. Can't believe that I still want you.
And after all the things we've been through… I miss everything about you.
Without you.
 (E agora, eu sinto falta de tudo sobre você. Não acredito que eu ainda te quero.
E depois de tudo o que a gente passou... Eu sinto falta de tudo em você.
Sem você.)



— Por que você não me ligou? — disse ele, os olhos tristes encarando-a.
— Eu tentei ligar! Eu juro que tentei, um milhão de vezes, pegar o maldito telefone e ligar para você! Você acha que eu não tentei?! — disse ela, sua voz falhando, notando que os olhos de Luke começavam a brilhar assim como os dela. — Eu não consegui! Quando eu escutei a sua voz, tão doce, tão minha, eu... eu não consegui. Não consegui partir seu coração daquele jeito. Eu sabia que se conversasse com você, acabaria me derretendo, desabando e contando toda a verdade... isso não podia acontecer, Luke, não podia... — Sophie dizia tudo da forma mais melancólica que podia. Seus corpo pequeno estava encolhido, seus olhos estavam vermelhos, cansados de chorar. Cansados de chorar, não apenas por agora, mas por todos os anos seguidos de choro compulsivo que se seguiram por causa de Luke e dessa situação. Sophie estava cansada. Cansada de sofrer.
— Então você foi para a Inglaterra e escondeu sua gravidez de todo mundo — Luke disse, as palavras saindo esganiçadas de sua garganta, a cabeça rodando. — Mesmo assim não entregou Henry para a adoção.
Sophie soluçou.
— Eu não fui embora por egoísmo, Luke... — retomou ela. — Fui embora por que Henry merecia ser criado por alguém que podia criá-lo, e eu não podia. Não podia estragar seu futuro da maneira que iria estragar. Não podia colocar tudo a perder... Eu não fui embora por que não te amava, Luke. Fui embora por que te amava demais — disse ela, soluçando, e Luke precisou fechar os olhos por um momento. Duas lágrimas pesadas escorreram pela sua face e ele não se deu ao trabalho de limpá-las. — Mas quando Henry nasceu, e eu o peguei no colo, eu... não consegui. Não consegui entregá-lo à adoção... Não consegui por que eu me apaixonei por ele — Sophie respirou fundo, fungando. — Eu me apaixonei por ele por que ele tinha os seus olhos.
Luke ainda mantinha seus olhos fechados quando aquelas palavras saíram da boca de Sophie, acompanhadas de seu choro baixo, encharcadas de sentimentos tão antigos e ao mesmo tempo tão atuais. Dentro dela, só crescia o sentimento de que, oficialmente, tudo dera errado, e tudo o que ela mais temia estava de fato acontecendo.
Mas não era isso que ela mais detestava. O pior de tudo era saber, que mesmo depois de malditos seis anos, mesmo depois do nascimento de Henry e toda a reviravolta pela qual sua vida passou, seu coração idiota ainda estava partido pelo mesmo motivo. O pior era saber que seu coração sangrava e toda a dor que havia nela era por que, de fato, Sophie não tinha Luke para ela. Embora tenham se passado seis anos e toda uma vida, droga, Sophie ainda o amava. Seu coração bobo nunca deixara de amá-lo, agarrado à promessa e à lembrança, machucando-se. O pior era saber que Sophie ainda amava Luke como antes, e sentia saudades dele com todo o seu ser, todo santo dia. O pior era saber que, mesmo depois de tanto tempo, Sophie ainda era dele.


I see your blue eyes everytime I close mine. You make it hard to see.
Where I belong to, when I'm not around you? It's like I'm alone with me!
(Eu vejo seus olhos azuis todas as vezes que eu fecho os meus. Você deixa difícil de ver.
À que lugar eu pertenço, quando eu não estou com você? É como se eu estivesse sozinha comigo mesma!)

But I never told you what I should have said.
No, I never told you.
I just held it in.
(Mas eu nunca te disse o que eu devia ter dito.
Não, eu nunca te disse,
Eu simplesmente segurei dentro de mim.)



O silêncio que se deu estava ensurdecedor. Sophie limpou seus olhos com os dedos, obrigando-se a parar de chorar em pensamento, levantando o olhar para encará-lo. Luke ainda estava de olhos fechados, abalado demais, como se estivesse em uma guerra interna. Quando Sophie pôde ver a cor de seu olhar, ele a encarou furtivamente e abriu a boca algumas vezes, como se quisesse falar alguma coisa. Bufou levemente, como se não conseguisse, antes de fechar os olhos por mais um quarto de segundo e impulsionar-se para frente, acabando com a distância entre seus lábios.
Surpresa, Sophie não soube o que pensar ao sentir os lábios de Luke pressionados sobre os seus, tão deliciosa e inesperadamente, fazendo com que seu corpo fosse banhado com um arrepio que ela só sentia quando estava com ele. A mão dele agora segurava sua nuca, com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo, e quando deu por si Sophie já estava embrenhando suas mãos nos cabelos dele, aprofundando o beijo à altura, envolvendo suas línguas numa dança cheia de saudade e paixão. Não conseguia conter as lágrimas que ainda saíam de seus olhos, lembrando-a do quanto ela queria isso. Lembrando-a de todas as vezes que ela sonhara com isso. Lembrando-a de todas as vezes em que ela chorou e quis que Luke estivesse lá. Lembrando-a de toda a saudade que seu corpo, sua mente e sua alma sentia do seu beijo, do seu cheiro, dos seus olhos azuis, da sua risada, do seu cabelo ridículo, dos seus dedos com calos nas pontas, do seu corpo que há tanto tempo atrás fora dela. Suas lágrimas lembravam-na de que, em todos esses seis anos, não houve um só dia em que ela não sentira falta de Luke.



And now, I miss everything about you. Can't believe that I still want you.
And after all the things we've been through.
I miss everything about you.
Without you.
(E agora, eu sinto falta de tudo em você. Não acredito que eu ainda te quero.
E depois de tudo o que a gente passou... Eu sinto falta de tudo em você.
Sem você.)



Luke não sabia por que estava fazendo aquilo, como da última vez em que a beijou. Tudo nele estava uma confusão — acabara de descobrir que Henry era seu filho e que tudo em que ele acreditou, tão veemente, nesses últimos seis anos, era mentira. Sentia seus sentimentos se aflorarem, carregados de tudo o que ele deixou encubado durante tanto tempo. Mas agora, enquanto seus lábios estavam colados aos dela, subitamente ele perdeu a necessidade de pensar sobre isso. Céus, ele sentia falta dela. Claro que sentia, droga! Por isso ele andara se perguntando o porquê de ela ter ido embora, tanto tempo atrás, e agora tudo fazia sentido. Sophie fora embora para que sua vida não se envolvesse no mar de problemas em que estava prestes a mergulhar. Sophie não escrevera aquela carta por que era uma fria e sem coração, ela... apenas o amava demais para estragar sua vida.
Meu Deus! Uma explicação, mesmo que fosse tão chocante, era tudo o que Luke precisava para deixar-se domar pelo seu sentimento de pura saudade, paixão e desejo. Luke a queria, caramba, ele a queria mais do que tudo na vida! Sempre quis! Mesmo quando dizia odiá-la, há tanto tempo atrás quando era apenas um adolescente, ou há poucas semanas quando ela reapareceu em sua vida. Luke queria senti-la, queria ter seus lábios sobre os dela, queria que ela puxasse seu cabelo, queria segurar sua nuca e mostrar para ela e para si mesmo que nada mudara em relação ao seu sentimento — mesmo que fosse nisso em que ele quisera acreditar durante os anos em que ela não esteve em sua vida. Mas quem Luke queria enganar? Não houve um só dia nesses malditos seis anos em que Sophie não passasse pela sua cabeça! Não existiu uma só mulher que ele beijou sem lembrar-se dela! E jamais haveria! Por que, droga, Sophie era dele. Mesmo depois de muito tempo, mesmo depois de uma vida, isso não mudou. E... não iria mudar nunca.
Suas línguas ainda se entrelaçavam quando Luke, sem separar suas bocas, deu a volta na mesa de Sophie, fazendo-a levantar-se para continuar beijando-o. Luke acabou com cada centímetro de distância que havia entre seus corpos, segurando sua cintura com toda a força que tinha, abraçando-a como se dissesse que não a deixaria ir. Sophie segurava sua nuca e puxava levemente seu cabelo, derretida e tão completamente entregue a ele. Senti-lo, tão perto, fazia-a sentir-se entorpecida. Estava entorpecida pelo cheiro de Luke, pela sua pele, seu corpo, seu beijo tão nostálgico. Luke não sabia, mas ele era e sempre fora único para ela. Ele não sabia, mas para Sophie, só existia ele, e apenas ele. Luke não sabia, mas ela sempre o amara, e sempre o quisera. Agora tudo isso se intensificava conforme seus corpos estavam tão juntos e suas bocas não conseguiam se desunir.
As mãos de Luke, antes pousadas em sua cintura, agora abaixavam até suas coxas. Quando deu por si, Sophie já estava pendurada a ele. Abraçou sua cintura com as pernas, suas bocas ainda se beijando como se não faltasse ar. Luke segurou-a contra si com força, ainda devorando sua boca com voracidade, provando de seus lábios com urgência. Seu desejo por ela apenas crescia e ele não podia negar que estava sendo movido por um impulso, algo que estava dentro dele durante anos e agora se externava de uma vez, queimando-o por dentro e domando-o conforme ele colava seu corpo no dela.
Luke não sabe quanto tempo aquele beijo com gosto de lágrimas e sabor de saudade durou. Todos os pelos de seu corpo estavam arrepiados quando seu pulmão implorou por ar, e Sophie colou suas testas, iniciando uma série de selinhos molhados em seus lábios, os olhos fechados e ainda marejados, as mãos segurando seu cabelo com um pequeno puxão. Luke entendia que aqueles seus gestos desesperados só levavam a uma mesma máxima: ela o queria tanto quanto ele. Sophie não queria que aquilo acabasse. Não queria parar de beijá-lo e senti-lo para depois ser atingida pela realidade e enfrentar toda a sua vida sem ser dele, mesmo que uma última vez. E talvez por isso, apenas por isso, Luke tenha apoiado o corpo daquela mulher que ele tanto queria na mesa atrás dela antes de voltar a devorar seus lábios em um beijo quase lascivo.
Ela ainda segurava seus cabelos, embrenhando seus dedos neles, por vezes arranhando sua nuca, segurando-o com uma força exagerada. Suas línguas estavam entrelaçadas, unidas, explorando-se com toda a liberdade e sensualidade. As pernas de Sophie continuavam abraçando a cintura de Luke, sua boca continuava grudada à dele, seu corpo continuava completamente anestesiado pelo desejo que sentia, até o momento em que ela sentiu delicadamente a mão de Luke tocar seu seio. Suspirou baixinho, sentindo como se aquele toque acabasse de queimar sua pele por baixo do sutiã, notando que seu desejo acabara de se triplicar. Seus pulmões pediram por ar e Sophie separou suas bocas, ainda com as testas coladas, sentindo o corpo de Luke prensar-se com o seu e sentindo-se muito mais do que alucinada. Era apenas tão maravilhoso senti-lo tão perto, tão... dela. Sophie selou seus lábios mais uma vez e arranhou sua nuca com leveza, querendo estar para sempre ali, nos braços dele. Onde era o seu lugar.
— Por que você faz isso comigo? — a voz de Luke saiu rouca e maravilhosamente atraente, fazendo com que Sophie se contorcesse. Ela sentia sua respiração quente e frenética bater em seu queixo e quis tomar aqueles lábios para si novamente. Enquanto uma mão dele segurava sua cintura com firmeza, a outra ainda estava pousada em seu seio, quase massageando, torturantemente. Sophie estava tonta de paixão.
— Eu pergunto o mesmo pra você — ela sussurrou de volta, selando seus lábios mais uma vez, incapaz de ficar longe dele. Luke lhe beijou delicadamente mais uma vez, mantendo seu lábio inferior preso entre seus dentes, com uma mordida leve e deliciosa. Sophie fez questão de selar seus lábios novamente, amando a sensação de tê-lo ali, tão perto.
— Eu... — ele sussurrou, sem saber como começar. Sophie mantinha seus olhos fechados, aproveitando sua pele, seus toques maravilhosos, seus lábios deliciosos. — Eu não consigo... deixar de te querer... — ele continuou sussurrando e o aperto na cintura dela ficou mais forte, assim como em seu seio. Sophie suspirou longamente, deixando um beijo em seu queixo recém-barbeado, amando a sensação da sua barba feita pinicando contra a sua pele. Céus, ela o queria tanto.
— Então não deixe — ela sussurrou, mais uma vez tomando os lábios dele para os dela, apenas para sentir seu gosto vicioso. Passou os dedos pelo seu rosto, sentindo-o com muita delicadeza, querendo beijar cada parte de seu rosto perfeito. Apoiou os polegares nos lábios carnudos de Luke, antes de beijá-lo mais uma vez, atônita, alucinada por tudo nele. — Não deixe de ser meu.
Nos lábios carnudos e lindos de Luke deu-se um sorriso, quase sonoro, e Sophie quase desmaiou quando ele beijou seu pescoço, sua mandíbula, seu queixo, o canto de sua boca, tudo isso sem parar de tocá-la tão deliciosamente. Ele roçou seus lábios, contornou-os com sua língua muito delicadamente, até provar a boca dela mais uma vez com muita destreza, tão lentamente. A cada movimento, a cada beijo, era como se atirassem lenha à fogueira que crepitava vorazmente dentro dele. Luke nunca quisera alguém tanto assim.
— Não consigo — disse ele, ainda roçando seus lábios, mas com um sorriso no rosto. — Não consigo deixar de ser seu. Tenho tentado durante seis longos anos, mas simplesmente não consigo.
Sophie também sorriu, sentindo aquelas palavras inundarem-na como um tsunami. Queria abraçar Luke e nunca mais soltá-lo, queria beijá-lo até morrer por falta de ar, queria fazer amor com ele até desmaiar. Seus desejos e sensações estavam tão apurados, tão à flor da pele, tão concentrados e tão... reais. Eram tão vorazes que Sophie sentia que podia pegá-los. Domavam-na como nada domara um dia. Moviam-na como uma marionete. Mas ela gostava disso. Amava isso.
— Nem eu. Nunca deixei de ser sua — sussurrou ela, movimentando os lábios dele com sua língua em seguida, sentindo parte de seu rosto pinicar com a deliciosa sensação de ter Luke tão perto. Seus movimentos em seu seio não paravam, entretanto. — Você foi o único, Luke. Foi o meu único amante — confessou ela, fazendo com que Luke paralisasse por um momento. Com um sorriso no rosto, ela beijou seus lábios novamente, fazendo com que ele se pressionasse ainda mais contra ela. Luke parecia não acreditar naquilo, mas ao mesmo tempo, parecia ter gostado de saber que Sophie fora só dele. Abraçou a cintura dela com o braço, fazendo com que sua ereção se encostasse nela pela primeira vez, e isso fez com que Sophie suspirasse mais uma vez entre o beijo. Luke separou seus lábios lentamente e colou suas testas, massageando seu seio por cima das roupas, fazendo com que ela ficasse entorpecida de desejo por ele. Sophie segurou seu rosto com as duas mãos mais uma vez e abriu seus grandes e atônitos globos castanhos, encontrando os de Luke, azuis como o céu de verão, encarando-a com uma voracidade inimaginável. Ela olhou dentro de seus olhos, sentindo-o tão perto, sentindo-se completa por estar com ele. — Eu ainda te amo. Muito.
Ao contrário do que Sophie pensava do que ele fosse fazer, Luke deu um meio sorriso sedutoramente lindo e encostou seus lábios mais uma vez, apertando seu seio levemente. Sophie derreteu-se em seus braços, atônita pelos seus sentimentos fortes e suas sensações loucas. Deixou-se beijar por ele com tudo o que tinha, tudo o que era. Deixou-se beijar por ele por que ela era, toda e completamente dele. Deixou-se beijar por ele por que ela o amava. O amava tanto que mal podia suportar. O amava mais do que qualquer outra coisa. O amava de tal forma que era impossível descrever, ou sequer imaginar como fazê-lo. O amava mais do que tudo. Mais do que a si mesma. Mais do que jamais amaria outro alguém.
Por isso se entregaria para ele ali, naquela hora. Por que seu amor e seu desejo eram maiores do que ela.
Quando seus lábios se separaram, Luke segurou seu queixo com uma das mãos, fazendo com que ela olhasse diretamente para ele. Ainda mantinha o meio sorriso nos lábios e o olhar azul e sedutor, encarando-a.
— Eu também — disse ele, agora sério. Sophie sentiu seu coração acelerar e um arrepio banhar seu corpo, como se não acreditasse no que estava ouvindo de maneira alguma. — Eu ainda te amo. Eu... ainda te amo — Luke repetiu a mesma verdade, como se para ele fosse algo que ele não soubesse e só se desse conta ali, naquele momento. Sophie abraçou seu pescoço com os braços, querendo manter-se para sempre em seus braços, querendo chorar pela revelação e sorrir ao mesmo tempo, querendo beijar Luke até o fim do dia, querendo ser dele por toda a eternidade. Ela enterrou seu rosto no pescoço dele, sentindo seu cheiro tão maravilhoso, e deixou-se beijar seu pescoço muito devagar.
— Eu te amo demais — ela sussurrou, fazendo com que os pelos da nuca de Luke se arrepiassem. Sophie sabia que já tinha dito isso, mas sentia que precisava dizê-lo mais vinte vezes para que ele captasse. Droga, ela o amava tanto, sempre o amara. E sempre amaria. — É você, Luke. Sempre foi você. E sempre será.
Ainda com os lábios presos ao pescoço dele, Sophie escutou sua risada rouca e baixa. Sentiu sua mão sair de seu seio e alcançar o início de sua camiseta, tocando sua cintura por baixo dela e fazendo com que Sophie suspirasse conforme seus dedos a apertavam ali, naquele lugar tão comum. Não entendia como o simples contato da pele de Luke conseguia levá-la à loucura de maneira tão incrível e inacreditável. Não entendia como conseguia ser tão louca por ele.
— Eu... te amo — foi o que ele disse em seguida, apertando-a com tanta força, como se ela fosse fugir à qualquer momento. Precisava tanto dela consigo. Queria tanto que ela fosse dele. Queria tanto que aquele momento durasse para sempre. — Minha Sophie.
Ela deixou mais um beijo em seu pescoço antes de levantar seus olhos e encontrar os dele, fervilhando, desejando-a como ninguém. Com um meio sorriso no rosto, Sophie sussurrou um “só sua” antes de juntar seus lábios novamente, devorando-os voluptuosamente, sentindo-os sensualmente, com urgência. Novamente ela embrenhou os dedos em seus cabelos, novamente ela provou de seus lábios como se fosse a última vez, novamente ela suspirou entre o beijo quando ele tocou seu seio por cima do sutiã. Sophie deixou suas mãos passearem pelo ombro de Luke e pelos seus braços fortes e torneados, contente por notar que a cada toque mínimo seus músculos se contraíam. Lembrou-se de todas as vezes em que ela o tocara, apenas para sentir seus músculos por baixo de seus dedos, e ele se contraía com os olhos fechados, aproveitando cada pequena sensação. Sentiu a nostalgia envolvê-la por completo e procurou remédio na boca de Luke, que a beijava com tanta graciosidade quanto possível. Beijando-o e sentindo-o, Sophie deixou com que suas mãos fossem até o fim de sua camiseta, tocando o início de suas costas torneadas por baixo dela. Seus pulmões pediram por ar, e eles cessaram o beijo por um momento para que ela tirasse, delicadamente, sua camisa. Teve um segundo para se deliciar com a beleza de Luke, seu peitoral tão bem definido, sua barriga dividida, seus braços musculosos. Céus. Ele era tão maravilhoso, tão perfeito, tão... lindo. Sophie o queria tanto.
Luke deixou um beijo em seu pescoço antes de tirar a camiseta dela, da mesma forma que ela tirou a dele. Jogou a blusa por cima dos ombros e tratou de colar seus corpos, beijando o pescoço de Sophie com toda a paixão e luxúria que tinha, fazendo-a embrenhar os dedos em seus cabelos e suspirasse. Oh, o suspiro dela era como se fosse a melhor das músicas para os ouvidos de Luke. Ele beijou seu pescoço lascivamente, deixando sua língua passear por toda a sua extensão, e viu Sophie gemer baixinho quando ele deixou sua primeira marca em seis anos. Ela arranhou sua nuca, murmurou algo desconexo, talvez seu nome. Luke não ligou para isso, entretanto, e continuou beijando Sophie em seu pescoço, até descer seus beijinhos para o seu colo. Notou que ela projetou-se para trás, ansiosa pelo que viria a seguir.
As mãos de Luke que antes passeavam pela cintura fina de Sophie, agora subiam delicadamente até os seios cobertos pelo sutiã preto da garota. Apertou-os delicadamente, fazendo-a gemer baixinho, enquanto continuava a beijar seu pescoço e seu colo. Desceu seus beijos delicadamente até os seios cobertos e ainda lindos da mulher, beijando um deles delicadamente, mesmo sem retirar a lingerie. Sophie ainda suspirava devagar, como se quisesse controlar a si mesma, e Luke com muita cautela desprendeu o sutiã pela frente, retirando-o calmamente. Observou, atônito, o quanto ela era linda e não conseguiu deixar com que seus pensamentos ficassem só para si. Devagar, ele envolveu os seios dela com as mãos, ainda admirado pela beleza imensurável que ela tinha, antes de beijar cada um deles devagar. Sophie gemeu baixo outra vez.
Agora, parecia que cada célula do corpo da ruiva estava entrando em um colapso interno. Sophie sentia os lábios de Luke, passeando pela extensão de seu seio já rígido por ele, lentamente começando a sugá-lo, e achou que iria ter um ataque ali mesmo. Ela arranhou sua nuca e seus ombros definidos, segurando-o com mais força que o necessário, deixando que os gemidos ecoassem pela sua garganta sem autorização, mas sem impedimento. Os movimentos de Luke queimavam seus desejos com vigor, fazendo-os saborear com muita vontade cada toque da boca perfeita dele contra seu seio descoberto. Luke alternava seus beijos e suas sugadas, ora lentamente, ora urgentemente, levando uma certa Sophie à verdadeira loucura. Ela usufruía da sensação maravilhosa que Luke lhe proporcionava, saboreava o desejo, bebia a luxúria, tomava a paixão. Sentia-se pulsar, ouvia seu desejo gritar, sua vontade rir. Com aqueles movimentos, Luke satisfazia a ela, ao desejo, a paixão, ao seu amor imensurável e colossal. E dentro de Sophie, todos os seus sentimentos e sensações queriam mais. Todas as suas vontades imploravam por mais de Luke, mais daqueles movimentos, mais dele em si. Sophie queria Luke de todas as maneiras possíveis, e nunca teve tanta certeza disso como naquele momento.
Quando Luke parou de sugá-la, ela compreensivamente suspirou em reprovação. Afrouxou o aperto em sua nuca, mesmo que não o houvesse cessado e fechou os olhos, ainda sentindo seus seios pulsarem pela experiência. Sentiu, então, lábios macios beijarem sua barriga e suspirou. Os mesmos lábios continuaram com seus beijos molhados e maravilhosos, seguindo pela sua barriga, toda ela, até chegar ao cós de sua calça. Notou, mesmo de olhos fechados, que o dono dos lábios espertos havia se ajoelhado enquanto ela ainda estava sentada sobre a mesa. Sentiu um arrepio percorrer seu corpo como uma corrente e quando os dedos dele tocaram sua intimidade mesmo sobre a calça, ela achou que fosse desmaiar. Seu desejo começou a gritar e exigir sua satisfação, e Sophie foi obrigada a representá-lo com um gemido abafado e cheio de pura excitação. Luke, com um sorriso sacana no rosto, pressionou seus dedos ali. Sophie gemeu novamente, e já estava quase pedindo para ele parar com a brincadeira quando repentinamente ele puxou sua calça para baixo de uma vez.
Já sem nenhuma peça de roupa sobre o corpo, Luke, ajoelhado, delicadamente apoiou cada coxa dela em um dos ombros, fazendo questão de deixar um beijinho safado na parte inferior das duas. Sophie suspirou quando sentiu a respiração quente de Luke bater contra sua intimidade úmida que clamava por ele com toda a intensidade. Quando seus lábios alcançaram seu ponto de intimidade, Sophie fechou os olhos e deixou com que o gemido escapasse livremente de sua garganta. Luke estalou dois beijos torturantes ali, fazendo com que ela quase tivesse uma síncope e segurasse seu cabelo com vontade, puxando-o levemente. Luke sorriu — ela pôde sentir — e então começou seus movimentos, lentos, macios e maravilhosamente excitantes, na parte de seu corpo que mais o queria.
Sophie projetou a cabeça para trás, gemendo sem conseguir parar, enquanto Luke continuava a lambê-la muito lascivamente, como se estivesse tentando apagar o incêndio com gasolina. Sophie se contorcia, enlouquecida, e arranhava a nuca de Luke, impulsionando seu quadril contra a boca gostosa dele. Luke não parava com seus movimentos, deixando-os cada vez mais rápidos e mais abruptos. Sophie sentia sua língua contorná-la, seus lábios acompanharem-na, e vez ou outra seus dentes a arranhavam, fazendo o contraste perfeito. Luke já fazia isso com rapidez quando os gemidos de Sophie quase se tornaram gritos e ela derreteu-se na boca dele, gemendo longamente, apertando sua nuca e relaxando todos os seus músculos. Luke continuou a sugá-la e lambê-la, segurando suas coxas com uma força exagerada, até que todo o líquido que saíra de Sophie não fosse desperdiçado.
Luke beijou seu ponto de prazer mais uma vez, e foi subindo seus beijos tranquilamente pelo corpo ansioso de Sophie. Beijou suas coxas e, sem aguentar-se, deixou uma marca em uma delas, fazendo com que Sophie suspirasse alto e seu desejo pulasse de alegria. Luke beijou-a em sua barriga e lentamente foi deitando o corpo de Sophie sobre a vasta mesa, até que ela apoiasse a cabeça na madeira. Cada beijinho distribuído no corpo da garota arrepiava-a de uma forma mais intensa, e apenas com o atrito dos lábios de Luke contra seu corpo nu fez com que ela se recuperasse do primeiro orgasmo. Luke beijou entre seus seios e beijou cada um deles, até subir para seu pescoço e beijá-lo da forma mais lasciva possível. Deitada, Sophie agarrou sua nuca e puxou seu cabelo, sentindo-o começar outra marca. Passou as mãos pelos seus ombros, amando a sensação de tê-lo por cima dela, pressionando seu corpo contra o dela, seu peitoral definido contra seus seios, suas intimidades começando um contato não direto. Ela deixou suas mãos passearem pelas costas torneadas de Luke e alcançarem o cós de sua calça lentamente. Passou as mãos pelas suas nádegas, suspirando pela última marca que ele acabara de deixar nela, e logo ela foi surpreendida com os lábios dele contra os seus novamente.
Outro beijo iniciou-se, urgente, voluptuoso. Sophie deliciou-se com a boca de Luke que acabara de passar por todo o seu corpo, entrelaçou suas línguas e mordeu o lábio dele, mantendo suas bocas juntas por mais tempo. Luke beijou sua mandíbula novamente e colocou o braço por baixo dela, deixando-a suspensa contra ele. Levantou-se com Sophie nos braços e fê-la sentar-se de novo, seu rosto colado ao dela, seus lábios explorando uns aos outros com sensualidade e carinho ao mesmo tempo. Seus beijos não duravam nada, mas conseguiam ser tão gostosos e alucinantes quanto qualquer outro. Sem ar, com sua testa colada a dela, Luke não viu quando sussurrou que a amava e a queria outra vez. Isso fez com que Sophie sorrisse de orelha a orelha e o retribuísse com outro beijo quente e, ao mesmo tempo, carinhoso.
As mãos dela continuavam a explorar o corpo de Luke, e quando elas alcançaram o cós da calça do rapaz, logo ele tratou de tirá-la juntamente com sua boxer branca. A visão de Luke como veio ao mundo só fez com que a intimidade de Sophie começasse a pulsar novamente e seu desejo passasse a implorar para tê-lo, finalmente, dentro de si. Sophie suspirou, tendo sua nuca novamente envolvida pela mão forte e grande de Luke, sentindo-o beijá-la com todo o ardor e amor que tinha. Entregou-se a ele, entrelaçando suas línguas, e quando deu por si já estava abraçando-o com as pernas novamente como fizera antes. Sentiu-o em sua entrada pulsante e clamante enquanto Luke mordia seu lábio inferior de um jeito torturador. A mão dele novamente envolveu um de seus seios e Sophie suspirou, antes de com um selinho, ela sentir-se preencher pelo único homem que já amara na vida.
O gemido simplesmente saiu da garganta de Sophie enquanto Luke prendia-se dentro dela por alguns segundos, atônito e realizado pela sensação de estar, finalmente, dentro dela. Seus corpos agora tornavam-se um só, e eles pertenciam um ao outro como as estrelas pertenciam ao céu. Lentamente demais, Luke reiniciou o mesmo movimento, massageando um de seus seios e mantendo seus lábios próximos aos dela. Ouviu-a gemer e suspirou sonoramente, entorpecido pelo prazer e pelo desejo que aquela mulher absolutamente linda proporcionava a ele, sem nem ao menos tentar. Sentiu-a de dentro, dele e só dele. Sentiu o prazer dominar seu corpo e nem se importou quando ela cravou as unhas em suas costas largas, sem conseguir parar de gemer.
Sophie não se controlava. Não sabia como, não era experiente o suficiente para isso. Seu corpo queimava, partícula por partícula, como se fosse explodir a qualquer momento. As palavras que saíam de sua boca eram desconexas e confusas — oras, como ela poderia pensar em algo que não fosse desconexo ou confuso agora? Luke estava ali, movimentando-se dentro dela, tornando-os um só, fundindo seus corpos, amando-a, levando-a a loucura! Céus, ela o queria tanto, o amava tanto, e depois de tanto tempo, finalmente estava ela ali, em seus braços. Tudo o que havia nela só queria aproveitar o momento. Seu desejo por ele rodava dentro dela, mais do que feliz, aproveitando a sensação maravilhosa que o sexo com Luke proporcionava. Sua paixão irradiava, vermelha e forte, usando e abusando do prazer que a preenchia, mostrando para quem quisesse ver que ela não morrera. Ora, mesmo depois de tantos anos, sua paixão ainda continuava em seu corpo, esperando ansiosamente por esse dia. Sua paixão por Luke nunca morrera. Ela continuava lá, esperando o momento certo para aparecer e domar Sophie como uma marionete, provar para ela e para quem mais quisesse saber que sim, Sophie era apaixonada por Luke. Completa e descomunalmente apaixonada. Sempre fora.
Luke continuava com seus movimentos de vai-e-vem, penetrando-a com mais rapidez, arrancando os gemidos da garganta dela. Ele estabelecera um ritmo, entrando dentro dela, sentindo-a de dentro, saindo e tornando a entrar. Fez isso inúmeras e incontáveis vezes, sentindo-se perder no corpo daquela mulher e no sentimento descomunal que os envolvia. Selou seus lábios mil vezes, beijou seu pescoço mais mil. Mexeu em seu cabelo delicadamente quando prensava-se contra ela, fazendo-a sorrir abobalhadamente e beijar seu rosto, todo ele, do jeito mais gostoso que Luke já fora beijado. Fê-la sussurrar seu nome incontáveis vezes, disse que a amava dentre suas investidas enquanto estava movido pela emoção, enrouqueceu a voz dela com os gemidos que escaparam de sua garganta. Segurou suas coxas, sua cintura, seus seios, seu rosto, todo o seu corpo, para mostrar que ela era dele. Saboreou seus lábios, deixou com que ela mordesse seu ombro entre seus gemidos, suou seus corpos até ensopá-los. Penetrou-a e fundiu seus corpos, estabelecendo o máximo nível de excitação e desejo que seria possível em qualquer situação. Fez amor com ela, pela primeira vez em muitos anos, e nada lhe realizara mais do que isso. Soube que ela era dele, e ele era dela, e sempre seria assim.
Isso era imutável.


Notas Finais


MEUS AMORES E QUERIDOS BEBES LINDOSSSSS <3 COMO VÃO?
Bem, nós temos que conversar sobre um punhado de coisas. PRIMEIRAMENTE, OLHA, NÃO É DOMINGO AINDA E EU JÁ ESTOU AQUI POSTANDO PARA OS SENHORES! ASOPKASÇ~PAKSAS EEEEEEEEEBA
Primeiramente, vejam só o tamanho deste capítulo! Quase dez mil palavras! Eu disse que seria gigante, não? PÇÕASLKÃPOLKAÕALKS
MAS ELE NÃO FOI TÃO GIGANTE. Cortei algumas ceninhas (mil desculpas para Nathalia e Izabela, espero tê-las molhado mesmo sem piano [isso só se aplica à Nathalia]), simplesmente por que precisava postar hoje por que cortei tudo para poder escrever.

CÉUS, ESTE HENTAI! COMO FOI DEMORADO E COMPLICADO mesmo que não tenha ficado tipo assim, bom FOI A HENTAI MAIS DIFÍCIL QUE JÁ ESCREVI. Acho que demorei uma dez horas só nela.
Tudo bem que eu não estou exatamente no clima de escrever hentai, mesmo que a imaginasse completamente na cabeça. Ela ainda se estenderia além disso, mas acho que já satisfiz vocês, não? Com aquela mesma coisa de sala de aula trancada e tudo mais. E AH, UM BEIJO E UM TAPA NA BUNDA DAS PESSOAS QUE DISSERAM QUE ELES SE TRANCARIAM NA SALA DE NOVO! FINALMENTE ALGUÉM INTERPRETA MINHAS DICAS SUBLIMES!
Quando eu digo que a OAV2 é nos parametros da OAV1, NÃO QUER DIZER QUE HAVERÃO NOVOS ELEVADORES OU CASAMENTOS SURPRESAS. Pensem!
 Muito amor ver vocês pensando. Sério, foi apenas lindo e maravilhoso. ÇKASÇOPASKAS ENFIM, O QUE MAIS TENHO PARA FALAR?
Quanto à Tereza. EU A AMO, OK AÇ~PSOKLASÕPALKSÕPLAS ADORO ESSE JEITO FODA DELA. ~SOPLAS E VCS APRENDERÃO A AMÁ-LA TAMBÉM.
Quanto a FINALMENTE LUKE DEIXOU DE SER IDIOTA E DESCOBRIU, meeeeeeeeeeu deus! EMOÇÕES NA CARA DE VOCÊS! ESSAS CENAS FORAM TÃO PREMEDITADAS E EU CURTI MT OK, OK, LÁGRIMAS E I NEVER TOLD YOOOOOOOOOOOOU. 
e apesar de não ter curtido a hentai, eu curti MUITOOOOOO a cena em que ESSES CABEÇAS DURAS ASSUMEM que nunca deixaram de se amarrrrrrrrrr ;-;
Eu gostei da cena por que ela veio do nada.
PASKSPOKAS~POSKL~SOKLAS
Também acho triste ressaltar que a... OAV... acaba em duas semanas.... ;-;
Isso mesmo.
Semana que vem posto o 61, o último antes do final. O final postarei junto com o epílogo. Portanto... duas semanas. ):
Meu Deus, minha bebê está acabando.
Enfim, gente. PAOKSAÕPSK ESTÃO TODOS ME PRESSIONANDO PARA TER ESSE CAPÍTULO, ENTÃO, VOU PARAR DE FALAR BABOSEIRA. Saibam apenas que eu vos amo, e que pertenço à vocês como as estrelas pertencem aos céus -n
<3 BEIJOSHUAS, ATÉ O CAP 61! 

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